“Então disse aos discípulos: - A colheita é grande mesmo, mas os
trabalhadores são poucos” (Mateus 9.37).
Muita coisa tem sido feita e
muitos esforços empregados por cristãos e igrejas compromissadas em todo o
mundo para que o evangelho chegue a cada povo deste nosso planeta.
O inimigo de nossas almas
utiliza todas as estratégias possíveis para destruir a raça humana, afastando-a
de Deus e de seus planos. Na última lição vimos alguns desses obstáculos ao
pleno desenvolvimento da obra missionária e temos observado o crescimento
dessas dificuldades, evidenciando que o nosso combate está ficando cada vez
mais intenso. As armas do inimigo são muito potentes, mas sabemos que o nosso
Deus é o único Todo-Poderoso que nos garante a vitória em Jesus Cristo. O
domínio do mal que está por trás da cultura e da religião de muitos povos
constitui um imenso obstáculo que
precisa ser enfrentado com coragem, mas também com as armas da intercessão e de
estratégias evangelísticas adequadas e eficazes. Em vários lugares pode-se
perceber claramente a atuação maligna sobre o povo por meio de uma forte opressão
e total ignorância da palavra e do poder do único Deus (2 Co 11.13-15). As
guerras, os conflitos políticos e as perseguições religiosas também se
constituem em fortes causadores de prejuízos à obra missionária (2 Co 12.10). Apontando
todos esses indicadores, não pretendemos fazê-lo desanimar achando que é tudo
muito difícil, mas promover um confronto com a realidade que enfrentam nossos
missionários diariamente, enquanto, em nosso conforto e liberdade religiosa no
Brasil, muitos abandonam a fé cristã por questões banais.
Embora os fatores externos
causadores de obstáculos à obra missionária sejam inúmeros, destacamos nesta
lição os impedimentos internos que
se levantam no próprio meio evangélico. Isso ocorre principalmente nas igrejas
devido à falta de firmeza no cumprimento dos ensinos bíblicos. A mensagem do
evangelho é muito simples: Jesus Cristo salva, cura, batiza com o Espírito
Santo e leva o homem ao céu. Porém, temos presenciado sérios problemas em
relação à pregação do evangelho devido a supostas igrejas e pregadores terem
usado o evangelho como um mercado para vender seu “produto”. Assim, distorcem e
deturpam a Palavra de Deus, proclamando doutrinas antibíblicas (Cl 2.16-19). Um
exemplo de fácil compreensão é a chamada Teologia da Prosperidade. Esta ensina
erroneamente que a pobreza, a doença e os problemas não fazem parte da vida cristã,
levando os crentes a determinarem vitória e buscarem excessivamente os bens
materiais. Pedem, pedem, pedem e, se não receberem, certamente fazem pirraça,
como filhos mimados. Com o evangelho voltado para as necessidades individuais e
focalizado na vida terrena, muitos cristãos deixam de pensar nas necessidades
dos outros. Se preocupam demasiadamente com as coisas deste mundo, a ponto de se
esquecerem que Jesus voltará.
A palavra de Deus nos garante
que a falta de amor seria algo
inevitável nos últimos dias da Igreja neste mundo. A falta de amor ao próximo
também contribui de forma desfavorável causando esfriamento ou mesmo a perda do
amor pelas almas. Isso também envolve uma busca por interesses pessoais entre
os irmãos, que acabam distanciando seus corações da obra missionária (1 Co
13.1-8).
Pouco investimento em missões:
a) Prioridade - Investir significa
priorizar, ou seja, colocar missões no centro de todos os objetivos do trabalho
da igreja. O investimento financeiro só vai acontecer de forma satisfatória se
a obra missionária for uma das maiores prioridades da igreja.
b) Tempo - É necessário que todas as atividades
desenvolvidas pela igreja e seus departamentos estejam voltados para missões,
no sentido de alcançar novas almas para o Senhor. Também é necessário investir
diretamente em programações missionárias, como cultos, conferências, seminários,
cursos, e até mesmo em atividades sociais que possam atingir a comunidade ao
redor da igreja ou outros grupos específicos.
c) Recursos financeiros – O levantamento de recursos financeiros para manter ou
apoiar missionários no campo é um grande desafio, pois se trata de altas
quantias por um longo período de tempo. Entretanto, essas dificuldades não
podem ser impedimento para que as igrejas realizem missões com eficiência. Para
isso, é fundamental que a liderança administre com sabedoria as finanças da
igreja e que os crentes demonstrem fidelidade, ofertando e entregando os
dízimos com amor para missões (Ml 3.10).
Muitas dificuldades surgem
para tentar impedir o processo de divulgação do Evangelho pelo mundo, desviando
a nossa atenção para outros alvos menos importantes ou até mesmo sem nenhum
valor. Na nossa vida com Deus também nos deparamos com essa mesma situação
quando pecamos. Pecar, no sentido
original da palavra, significa “errar o alvo”, isto é, sair da direção
certa apresentada por Deus e escolher outra rota. Por isso, pecar é o mesmo que
desagradar a Deus, porque quem peca faz exatamente tudo ao contrário daquilo
que é a vontade de Deus. Decida viver no rumo certo sem se desviar para a direita
ou esquerda!
Trechos extraídos da Lição 11
da revista “Minha missão no mundo”
(Adolescentes Vencedores, Aluno 6, Ano 2 - CPAD)
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