“O Senhor está comigo; não
temerei o que me pode fazer o homem” (Salmos 118.6).
A coragem, fundamentada nas promessas de Deus, nos conduz a grandes
vitórias.
Eude, cujo
vocabulário significa “forte” ou “unção”, foi o quarto juiz de Israel. Os israelitas
haviam deixado o caminho do Senhor, o qual os entregou a Eglom, rei dos
moabitas (Jz 3.12-14), que, unido aos amonitas e amalequitas, subjugou
totalmente os hebreus por 18 anos.
É fato
notório em todo o livro de Juízes que, quando os israelitas eram dominados
pelos inimigos, eles clamavam por libertação, e Deus levantava um libertador
para livrá-los do jugo; porém, tão logo ficavam livres da opressão, voltavam a
fazer “o que parecia mal aos olhos do Senhor” (Jz 2.2,11,16-19, 3.12, 4.1, 6.1,
8.34, 10.6, 13.1). Quando Israel foi entregue a Eglom, Deus levantou Eude como libertador (Jz 3.15). O Senhor é quem
prepara o homem apropriado, para o trabalho, tempo, lugar e resultados certos. Ele
é quem coloca (e, no devido tempo, retira) os obreiros da Igreja (1 Co 12.28;
Ef 4.11).
Ele foi
incumbido de levar um presente a Eglom, rei dos moabitas (vv. 15-17). Ele fez
uma espada de dois fios, ou seja, com corte nos dois lados e 50 centímetros de
comprimento, colocando-a debaixo de sua roupa, junto à coxa direita (v. 16). Estava
muito bem armado para encontrar-se com Eglom. Após a entrega do presente, Eude
despediu os homens que o trouxeram, e disse ao rei que tinha uma palavra
secreta para ele. O soberano ficou curioso para saber o que era, e, não
querendo que ninguém ouvisse do que se tratava, despediu seus assistentes, e
convidou Eude para entrar com ele no seu cenáculo fresco (sua casa de verão). Ali,
sentaram-se, e o rei ficou pronto para ouvi-lo, quando, rapidamente, Eude se
levantou, tomou a espada e o matou. Esta atitude não pode ser considerada um
ato de covardia, mas sim o meio que iniciou o processo de libertação do povo.
Após a morte
de Eglom, Eude fugiu para Seirá, uma floresta nas montanhas de Efraim, onde
tomou as atitudes abaixo para conquistar
a vitória:
1) Tocou a buzina, a fim de convocar o povo para a
batalha.
2) Foi na frente, dando as diretrizes - Ele era um líder autêntico, que inspirava
confiança no povo. O verdadeiro líder impõe-se pelo exemplo e coragem (1 Tm
4.12).
3) Confiou em Deus - Ele sabia que somente o Todo-Poderoso poderia garantir aquele êxito. Deus
é quem nos dá a vitória em todas as nossas dificuldades (Pv 21.31; 1 Co 15.57;
Tg 1.17).
4) Não temeu o porte físico e nem a valentia dos
inimigos - Não obstante os
inimigos serem robustos e valentes, os israelitas os derrotaram, sem deixar
sequer um sobrevivente (Jz 3.28,29). Quando a nossa confiança está em Deus, não
vemos os inimigos como grandes ou fortes, e sim frágeis.
A vida de Eude é uma
figura de Cristo nos seguintes aspectos:
a) Escravidão - Como o povo estava subjugado por Eglom, assim também o ser humano,
sem Jesus, está dominado por Satanás e o pecado (Jo 8.34; Ef 2.2);
b) Impotência - Como estavam impossibilitados de se libertarem por si mesmos, já por
18 anos, assim também o homem não pode ser liberto por suas obras (Ef 2.8-10),
por mediadores humanos (Jo 10.9, 14.6; 1 Tm 2.5) ou por si mesmo (Jo 3.27);
c) Libertação - Não podiam livrar-se por si mesmos, até que Deus levantou um libertador.
Assim nós, antes de conhecer Cristo como Salvador, nada podíamos fazer. Jesus foi
enviado por Deus (Jo 3.16), para libertar o homem do pecado e das forças malignas
que o subjugam (Jo 8.31-36; Ef 2.2);
d) Vitória - Sua vitória foi garantida por um libertador. Por sua morte na cruz do
Calvário, pelos nossos pecados, e por sua ressurreição, para nossa justificação
(Rm 4.25), o Senhor Jesus venceu Satanás e todo o seu principado (Cl 2.14-16;
Hb 2.14,15), e a sua vitória garante também a nossa (Mc 16.17; Lc 10.9; Rm
8.37-39; 1 Jo 5.18);
e) Sossego - Após a vitória, o povo israelita passou a ter descanso por 80 anos
(Jz 3.30). O êxito conquistado por Jesus nos transmite a verdadeira paz (Mt
11.28-30; Jo 14.6; Cl 1.20) por toda nossa vida.
Estando em comunhão com Deus, teremos a verdadeira liberdade
propiciada por ele, bem como também a vitória em todos os nossos obstáculos, na
caminhada para os céus, ainda que tais barreiras sejam intransponíveis, do
ponto de vista humano, pois para o Senhor nada é impossível (Is 43.13), como
também tudo é possível para aquele que nele crê (Mc 9.23)!
Trechos extraídos
da Lição 4 da revista “Aprendendo com os erros e acertos dos servos de Deus” -
2º Trimestre de 1996
(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)
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