“Coisa espantosa e horrenda se
anda fazendo na terra” (Jr 5.30).
As crenças da Confissão
Positiva, apesar das aparências, não podem ser comprovadas nas Escrituras
Sagradas.
Confissão Positiva é o nome de um movimento que permeia no seio da
Igreja, expondo uma teologia estranha ao cristianismo bíblico. Esse movimento que
age entre as igrejas evangélicas pentecostais, tem sua origem no ocultismo. Sua origem remonta a Finéias Parkhust
Quimby (1806 - 1866). Este curandeiro e hipnotizador negava a existência da
matéria, do sofrimento, do pecado, da enfermidade, etc. Fundador do Novo Pensamento,
tornou-se conhecido como o guru da Ciência da Mente. Suas ideias influenciaram
a Mary Baker Eddy, que, em 1879, fundou a Igreja da Ciência Cristã. Essek William
Kenyon, que se destacou nas décadas de 30 e 40, foi influenciado pela Ciência
da Mente, Ciência Cristã e pela Metafísica do Novo Pensamento. Ele é reconhecido
hoje como o pai da Confissão Positiva
que, por sua vez, identifica-se com a Teologia da Prosperidade, a Palavra da Fé
ou Movimento da Fé. Os atuais profetas da Confissão Positiva são bem
identificadas nos Estados Unidos, no Brasil, em Portugal e demais países de
fala portuguesa. O perfil desses obreiros fraudulentos acha-se bem traçado na
Bíblia em 1 Tm 6.3-6, 2 Co 11.13-15, Ef 4.14, 2 Jo 9,10. Em Portugal, uma
ramificação do Movimento da Fé, chamada Maná, vem causando sérios transtornos
aos cristãos que prima pela ortodoxia bíblica. Os mentores e promotores da Confissão Positiva julgam-se acima da
crítica. Eles ameaçam a tantos quantos contestam a sua mensagem, citando o
Salmo 105.15: “Não toqueis nos meus ungidos”. Todavia, o próprio Deus desafia o
homem a examinar a Bíblia (Is 34.16). O Senhor Jesus ainda nos recomenda a
reconhecer tais obreiros por seus fritos (Mt 7.16). Por conseguinte, todo
cristão está revestido da autoridade da Palavra de Deus para detectar, examinar
e rejeitar as doutrinas heréticas (Rm 16.17,18; 1 Tm 4.16; Tt 1.9).
Os pregadores
da prosperidade afirmam que precisamos ter a fé de Deus para falar e as coisas
acontecerem, e que a fé foi a substância
que Deus usou para criar o Universo. Eles se esquecem de que Deus é Onipotente,
Onisciente e Onipresente, Criador dos céus e da terra. Ele transcende a criação,
e tem o controle do Universo. Deus criou todas as coisas pela sua Palavra (Sl
33.9; Hb 11.3). Fé é algo para nós, seres humanos, pois ela “é o firme
fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem” (Hb
11.1). O Deus verdadeiro, revelado na
Bíblia, não é o mesmo concebido subjetivamente pelos profetas da Confissão
Positiva. Segundo eles, o homem é a
duplicação de Deus. “O homem... foi criado em termos de igualdade com Deus”.
Noutras palavras: Adão foi uma exata duplicação de Deus! “Deus assumiu a
natureza humana, para que o homem assuma a natureza divina”. A ideia de se deificar
o homem começou com Satanás no jardim do Éden (Gn 3.4,5). Mas há uma diferença
abissal e infinita entre o homem e Deus. Deus não é o homem (Nm 23.19) nem o
homem é Deus (Is 31.3; Ez 28.2,9; Os 11.9; At 14.11-15). Duas verdades
fundamentais que todo homem precisa saber: (1) “Há um só Deus verdadeiro”; (2) “Pode
estar certo de que você não é ele”. (Michael Horton)
O Jesus da Confissão Positiva morreu duas vezes: física e espiritualmente. A
morte física foi na cruz; esse sacrifício, porém, segundo eles, não salva. Na
morte espiritual, ainda segundo eles, Jesus foi levado ao inferno para padecer
nas mãos de Satanás, e é esta a morte que salva. Trata-se, pois, de outro
Jesus. Jesus tornar-se homem para morrer espiritualmente é um absurdo
diante de textos como Rm 8.3; 1 Pe 2.24, 4.1. A morte vicária de Jesus, de que
fala o Novo Testamento, diz respeito à morte física (Ef 2.13-15; Hb 10.19,20; 1
Pe 4.1; 1 Jo 1.7; Ap 1.5). A nossa
redenção, portanto, foi efetuada na cruz do Calvário, e não no inferno.
Os profetas
da Confissão Positiva pregam que a
enfermidade é pecado ou resultado da falta de fé. Ensinam também que
qualquer sofrimento que sobrevém ao cristão é evidência de incredulidade ou
pecado. Noutras palavras: propriedades,
dinheiro e saúde são a marca registrada do cristão; são o instrumento
aferidor do grau de espiritualidade e de santidade do crente. É verdade que a doença é consequência da queda no Éden
(Rm 5.12), mas dogmatizar, afirmando que todos os enfermos estão em pecado, ou
que não têm fé, é ir além do que está escrito. Há casos de pessoas que enfermaram
por desobediência a Deus (Nm 12.10); em outros, a enfermidade levou à morte,
como o rei Uzias (2 Cr 26.19-23) e Herodes Agripa I (At 12.21-23). Por outro
lado, há casos de homens de Deus enfermos fisicamente: Timóteo (1 Tm 5.23) e Trófimo
(2 Tm 4.20). Devemos ter discernimento para saber quando o caso é puramente
clínico e quando é espiritual. A Bíblia ensina que nem a pobreza nem a riqueza são virtudes. A vida do homem não se
constitui dos bens que possui (Lc 12.15). Não devemos ir para um extremo, nem
para o outro (Pv 30.8,9). Qualquer extremo é perigoso. É verdade que a riqueza
é bênção de Deus, desde que adquirida de maneira honesta e que não vise exclusivamente
os deleites deste mundo (Tg 4.3); caso contrário, seremos escravizadas por ela.
Mas também é bom saber que a pobreza não é símbolo de maldição (Pv 17.1; 1 Tm
6.7).
Cremos nas maravilhas
de Deus e na obra Espírito Santo. Somos testemunhas de curas e outros milagres
que o Senhor Jesus tem operado mediante o seu Espírito. São promessas divinas exaradas
na Bíblia (Mc 16.17-20; Jo 14.12). Somos continuação da Igreja do Senhor: o
mesmo povo, servindo ao mesmo Jesus, na mesma dispensação. Nem por isso seremos
ingênuos para aceitar doutrinas forjadas, subjetivas e nocivas à fé cristã.
Trechos extraídos da Lição 4
da revista “Seitas e Heresias - ‘Se alguém vos anunciar outro evangelho, seja
anátema’”
(Lições Bíblicas, Jovens e Adultos, 2º Trimestre de 1997 - CPAD)
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