“Porque Deus não nos deu o
espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação” (2 Tm 1.7).
A coragem e a confiança nas promessas de Deus nos conduzem a grandes
vitórias.
Após a morte
de Eude, os israelitas voltaram “a fazer o que parecia mal aos olhos do Senhor”,
e, como consequência, Deus permitiu que fossem entregues a Jabim, rei de Canaã,
ficando subjugados por ele durante vinte e um anos (Jz 4.1-3). Quando o homem
não quer servir ao Senhor, Ele o entrega às suas inclinações carnais (Rm
1.24,26,28). Nessas circunstâncias, o povo clamou a Deus por libertação, e o
Todo-Poderoso lhe propiciou livramento através de duas mulheres destemidas:
Débora e Jael; cujas vidas nos deixaram lições preciosas.
Débora foi uma juíza destemida. Ela tornou-se juíza em Israel, combinando essa
sua autoridade com a de profetiza e aconselhava o povo que vinha consulta-la
(Jz 4.4,5). Além de juíza e profetiza, ela era decidida, patriota, corajosa,
animada e confiante em Deus (vv. 6,9,14). Ela enviou uma mensagem a Baraque,
informando-lhe que Deus o havia escolhido para liderar um exército com o qual
seria vitorioso contra os cananeus, e forneceu, inclusive, a estratégia que
deveria ser utilizada para tal batalha (vv. 4,6,7). Certamente, Deus a escolheu
para juíza pelas seguintes razões: o propósito divino em sua vida, suas
qualidades marcantes, e a fim de mostrar que ele não faz acepção de pessoas. Além
de incentivar Baraque para a guerra, concordou em acompanha-lo até o lugar da peleja
(vv. 8,9). Aqui, vemos sua disposição, coragem e dinamismo. Havia grandes
obstáculos a vencer; porém, ela viu Deus mais forte que eles (vv. 4,6,7,9,14). Diante
do incentivo de Débora, Baraque, cheio de fé, reuniu um exército de dez mil
homens das tribos de Naftali e Zebulom para batalha. A presença de Débora na
batalha como autoridade máxima foi marcante. Diante do sinal de ataque, dado
por ela, os israelitas avançaram contra os cananeus, matando-os, exceto Sísera,
que fugiu a pé e escondeu-se na tenda de Jael, mulher de Heber (vv. 14-17).
Com o seu
coração cheio de gratidão a Deus, ela
entoou o seu famoso cântico. Conforme Juízes 5.1-31, ela fez menção do nome
do Senhor por doze vezes. Devemos ser gratos a Deus em todas as coisas (Pv
3.6). Além disso, uma menção honrosa foi feita a Baraque e Jael (Jz 5.12,24). Somente
os vencedores são elogiados (Mt 25.21-23) e desfrutam das bênçãos celestiais
(Ap 2.7,11,17,26). Os inimigos já contavam com a vitória. Sempre tem sido assim,
mas a bênção é dos que confiam no Senhor.
Jael foi uma mulher destemida. Sua influência em seu lar era grande, pois o seu
nome é sempre mencionado antes do de seu esposo (Jz 4.17-21, 5.24). Ela matou Sísera
para consolidar a vitória israelita e fazer cumprir a revelação divina (v. 9). Quando
Baraque se aproximou, à procura de Sísera, ela o levou ao interior de sua tenda,
onde o general estava morto (v. 22). Desta forma cumpriu-se a palavra do Senhor
(v. 9).
Débora e Jael foram instrumentos para a vitória. Havia homens valentes de Israel; porém, a vitória
veio de onde não se esperava: de duas mulheres. Deus escolhe as coisas que não
são para confundir as que são (1 Co 1.28). Muitas vezes, o Senhor usou coisas
pequenas, desprezíveis, para conceder grandes vitórias. Deus não faz acepção de
pessoas. Em Sua obra, Ele tanto usa homens como mulheres. Vejamos, então, os
nomes de algumas obreiras: Priscila (Rm 16.3); Febe (Rm 16.1,2), Evódia e Sintique
(Fp 4.2); e de algumas profetisas: Miriã (Êx 15.20), Hilda (2 Rs 22.14), Ana
(Lc 2.36) e as filhas de Filipe (At 21.9). Elas se tornaram grandes de
instrumentos nas mãos do Senhor. Além disso, as mulheres foram as primeiras a
chegar no túmulo de Jesus (Jo 20.1), a proclamar a ressurreição (Mt 28.8), a
testificar aos judeus (Lc 2.37,38). O êxito do ministério, que Deus confiou aos
homens (Ef 4.8-11; 1 Tm 3.1-13), em muito depende do trabalho que somente as irmãs
poderão fazer eficazmente.
Devemos ser
destemidos, diante dos grandes desafios que a Igreja do Senhor tem a enfrentar
nesta vida. O nosso destemor, com base nas infalíveis promessas de Deus, nos
impulsiona para frente, e nos faz superar todas as barreiras que estiverem
diante de nós (1 Co 15.57; 2 Co 2.14).
Trechos extraídos
da Lição 5 da revista “Aprendendo com os erros e acertos dos servos de Deus” -
2º Trimestre de 1996
(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)
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