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JUDÁ, O PACIFICADOR

Por Unknown | 0 comentários
16 de agosto de 2015

“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9).

Somente quem tem paz consigo mesmo e com Deus poderá tornar-se um pacificador eficiente.

Judá era o quarto filho de Jacó com Léia. Seu nome significa “louvor”. Suas qualidades referendaram para ser o escolhido, a fim de que sobre ele repousasse a bênção da supremacia tribal e ancestral do Senhor Jesus, o Messias prometido, o Salvador da humanidade.
A atuação de Judá como pacificador foi decisiva para evitar que José, o primogênito de Raquel, fosse morto por seus irmãos. Com uma argumentação sábia, sugeriu que seria vantajoso venderam-no para uma caravana de mercadores midianitas, os quais passavam pelo local, “e seus irmãos lhe obedeceram” (Gn 37.26-28). Vemos aí sua liderança pacificadora. A vantagem não seria propriamente financeira, e sim um plano astucioso para salvar a vida de um de seus irmãos. Devemos sempre seguir o caminho da pacificação (Rm 14.19), nem que seja para abrir mão de nossa razão (1 Co 6.1-6) ou de outras vantagens, como fez Abraão na pacificação entre os seus pastores e os de Ló, seu sobrinho (Gn 13.7-9). O pacificador possui alegria no coração (Pv 12.20).
Judá “foi poderoso entre seus irmãos, e dele vem o príncipe” (1 Co 5.2). A sua liderança está evidenciada:
1) Na argumentação para salvar José (Gn 37.26-28).
2) Na argumentação junto a seu pai - Convenceu seu pai da ida de Benjamim com eles ao Egito para buscar comida, em benefício da sobrevivência de todos, colocando-se como responsável pelo que acontecesse com o rapaz (cp. 43.8,9).
3) Na presença de José - Desta vez, Judá atuou como mediador, intercedendo por Benjamin (cp. 44.15-17). Apelou eloquente e intensamente em favor de sua família (vv. 18-34). Tal pronunciamento foi tão persuasivo que levou José a se revelar a seus irmãos, pois não o reconheciam (cp. 45.1-3).
A Judá coube uma bênção maior, da parte de seu pai, sobre si e sua descendência (cp. 49.8-12). Certamente recebeu maior recompensa, porque Deus tinha um propósito definido com ele, e também por suas qualidades marcantes, as quais o credenciavam para uma grande obra; Vejamos alguns detalhes da bênção recebida:
a) Supremacia de Judá sobre as outras tribos (v. 8).
· “a ti te louvarão teus irmãos” - Significa liderança e ascensão sobre as demais tribos, o que pode ser visto na caminhada de Israel no deserto, quando Judá ia na vanguarda (Nm 2.9).
· “os filhos de teu pai a ti se inclinarão” - Isto vemos nos dias de Davi. Ele foi ungido pelo Senhor (2 Sm 5.2), pelos homens de Judá (cp. 2.4) e pelas demais tribos que o fizeram rei deles também (cp. 5.1-5).
b) Características do reino (v. 9).
· “Judá é um leãozinho, da presa subiste” - Refere-se a Judá ainda em formação, cativo na terra do Egito, sob o domínio de Faraó, sendo liberto pelo Senhor, passando, assim, a ser chamado filho de Deus (Os 2.15, 11.1).
· “encurva-se, e deita-se como um leão” - Refere-se ao apogeu do reino de Judá, com paz, organização, beleza e riquezas (2 Cr 9.13-28).
· “e como um leão velho; quem o despertará?” - Isto fala de inoperância, insensibilidade, conformismo, entrega, etc., e refere-se à desobediência de Israel, que acabou dividido em dois reinos: Israel e Judá. Isto os levou ao cativeiro: o primeiro para a Assíria (2 Rs 15.19,29, 17.3-6), e o segundo para a Babilônia (2 Rs 24.1-20; 2 Cr 36.6-23).
c) Duração do reino (v. 10).
· “O cetro não se apartará de Judá [...] até que venha Siló” - Uma referência ao governo eternal de Cristo, a partir do Milênio. “Cetro” significa a “identidade tribal” que os judeus conservam até o dia de hoje, apesar do exílio babilônico e da Diáspora.
d)  Características do Messias (vv. 10b-12):
· Seu perfil - Utilizaria um jumentinho, significando a humildade, a paz e a mansidão vistas no ministério de Jesus (Mt 11.28,29) e a maneira como entraria na cidade de Jerusalém (Zc 9.9; Mt 11.1-11);
· Seu sofrimento - Os “olhos vermelhos” significam as muitas aflições, o choro e as dores de Jesus (Hb 2.10,14,16, 5.7; Lc 22.38-46);
· Sua morte - Ele “lavará a sua roupa no vinho, e a sua capa em sangue de uvas” significa o sangue derramado na cruz (Mt 27.35; Fp 2.6-8), para remir os homens de seus pecados (Hb 9.13,14,22; Ap 19.13);
· Sua satisfação - Os “dentes brancos de leite” significam a abundância de vida, paz, alegria, gozo e contentamento pela obra realizada (Is 53.11; Lc 15.5,7,10,24);
· Sua abrangência - “a ele se congregarão os povos”, refere-se aos remidos de todas as épocas, que serão arrebatados para estarem com Ele eternamente.
Habitamos em um mundo cheio de crises. Porém, é possível viver nele uma vida pacífica com todos os homens (Rm 12.8), porque temos conosco o Príncipe da Paz, que é Jesus (Jo 14.27); e, confiando nele, desfrutaremos da bem-aventurança dos pacificadores (Mt 5.9)!

Trechos extraídos da Lição 1 da revista “Aprendendo com os erros e acertos dos servos de Deus” - 2º Trimestre de 1996


(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)

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