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DANIEL, O INTÉRPRETE DE SONHOS

Por Unknown | 0 comentários
28 de julho de 2015

“Mas há um Deus nos céus, o qual revela os segredos; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser no fim dos dias” (Dn 2.28)

Somente Deus é capaz de revelar os acontecimentos futuros, pois Ele é Onisciente.

Nabucodonosor teve um sonho, mas não o entendeu. Por isso, seu espírito se perturbou, a ponto de perder o sono, porque guardava a certeza de que a visão encerrava algo de suma importância (v. 1). Convocou todos os sábios de seu reino para que lhe declarassem a revelação e a sua interpretação. Observamos que Daniel não foi convocado, mesmo tendo sido avaliado dez vezes mais sábio que os entendidos do reino (Dn 1.20). Talvez o considerassem muito jovem. Como os sábios não puderam dar a resposta que o rei exigia, muito irado, ele decretou o extermínio de todos os sábios da Babilônia. Daniel e seus amigos foram agora lembrados, para serem mortos (v. 13). Isto mostra que eles, efetivamente, faziam parte dos conselheiros do rei. Daniel, sabedor do decreto real, pediu que lhe fosse dado um tempo, para que pudesse revelar e interpretar o sonho do rei (v. 16). Fez saber o caso aos seus amigos e, juntos, oraram, pediram misericórdia a Jeová quanto ao segredo, para que Daniel fosse o instrumento para a salvação não só deles, mas também dos sábios da Babilônia, naquele momento crítico para todos (v. 17.18). Deus respondeu a oração, ao revelar o segredo a Daniel numa visão de noite (v. 19). O louvor do profeta (vv. 19-23) é um modelo de oração que brotou de um coração quebrantado diante da soberania divina. Finalmente, Daniel foi introduzido na presença de Nabucodonosor (v. 26). O profeta confirmou o que os sábios haviam dito anteriormente, isto é, que aquilo que o rei requeria ninguém era capaz de descobrir. Mas o Deus dos céus revela todos os segredos (v. 28). E ele estava ali, da parte do Todo-poderoso, para contar ao rei o sonho e dar-lhe a devida interpretação (vv. 31-36).
O sonho é um resumo profético dos acontecimentos que vão desde o cativeiro babilônico até a vinda de Cristo em glória, no término da Grande Tribulação. Vejamos, então, a interpretação do sonho:
1)    A cabeça de ouro, o reino babilônico (625 a 538 a.C.; vv. 37,38). “Tu és a cabeça de ouro”, disse Daniel ao rei, “porque Deus tem te dado o reino, o poder, a força e a majestade”. Babilônia, nos dias de Nabucodonosor, detinha a hegemonia mundial, após ter derrotado a Assíria, em 612 a.C. Depois da morte de Nabucodonosor, encontramos, entre os seus sucessores, o rei Nabonido (556-538 a.C.). Belsazar, seu filho, estava como co-regente na cidade da Babilônia, quando o Império Caldeu ruiu derrotado por Ciro, rei da Pérsia.
2)  O peito e os braços de prata, o reino medo-persa (538 a 330 a.C.; v. 39) - Ciro, o grande, logo no início de seu reinado, fez a famosa proclamação que permitiu que judeus de seu reino retornássem a Judá e reconstruíssem o Templo de Jerusalém, que Nabucodonosor havia destruído (Ed 1.1-3). Desta forma, cumpriu-se a palavra de Isaías acerca de Ciro, proferida 200 anos antes (Is 44.26-28; 45.1). O reino medo-persa foi conquistado por Alexandre, o Grande, rei da Grécia.
3) O ventre e as coxas de cobre, o reino grego (330 a 167 a.C.; v. 39) - O rei Alexandre morreu aos 33 anos, sem deixar herdeiros, e o império foi dividido entre seus quatro principais generais.
4)  As pernas de ferro, o império romano (167 a.C. a 416 d.C.; v. 40) - Quando Jesus nasceu, a Palestina estava sob o domínio de Roma. Pilatos, um governante romano ratificou a sentença da morte de Cristo. Depois que o império romano foi derrotado, em 476 d.C., não surgiu mais nenhum outro reino mundial.
5)  Pés com dedos de ferro misturado com barro, um conjunto de reinos (vv. 41-43) - O versículo 44 mostra que estes dedos representam reis. Esta profecia relaciona-se com as visões proféticas que João teve na ilha de Patmos. Lemos, em Apocalipse 13.1, que ele viu uma besta, a qual tinha sete cabeças e dez chifres. Eles, conforme Apocalipse 17.12, também representam dez reis. Vemos, assim, que, no fim da presente dispensação, surgirá um conjunto de reinos, que dará apoio político ao Anticristo.
6) Uma pedra cortada sem mão - Esta parte da visão fala da derrota do reino do Anticristo, que acontecerá como resultado da intervenção divina (v. 34). A Bíblia usa várias vezes o vocábulo “pedra” como símbolo de Cristo. Exemplos: “Chegando-vos a ele, pedra viva” (1 Pe 2.46); “eis que ponho em Sião a pedra principal de esquina” (1 Pe 2.6); “sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16.18); “bebiam da pedra espiritual que os seguia, e a pedra era Cristo” (1 Co 10.3); etc. Ela feriu a estátua nos seus pés, isto é, destruiu o conjunto de reinos que apoiavam o Anticristo. Não só eles serão vencidos, mas também as duas bestas serão presas e lançados no lago de fogo ( Ap 19.20).
7)  O monte que encheu toda a terra (v. 35) - Esta parte da visão fala da vinda de Cristo em glória, para estabelecer um reino mundial de paz. Ele terá como o rei o próprio Senhor Jesus, e abrangerá toda a Terra.
A interpretação do sonho de Nabucodonosor fala da Onisciência da Soberania de Deus. Ele se mostra nesta revelação como o soberano de todos os tempos e povos. A história secular confirma que todas as previsões divinas acerca dos reinos mundiais cumpriram-se integralmente. E aquelas que falam de tempos, os quais estão por vir, com absoluta certeza, terão fiel cumprimento. Cristo aniquilará o reinado do Anticristo e estabelecerá um reino de paz que jamais será destruído (v. 44). E todos nós, que temos o privilégio de chamar este maravilhoso Deus de nosso Pai, pronunciamos de coração a oração que Jesus ensinou: “Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome. VENHA O TEU REINO!”.

Trechos extraídos da Lição 4 da revista “Daniel, estadista e profeta” - 3º Trimestre de 1995

(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)

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