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O LIVRO DE DANIEL E SEU AUTOR

Por Unknown | 0 comentários
25 de julho de 2015

“E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar.” (Daniel 1.8)

A reverência a Deus fez com que Daniel achasse graça aos olhos do chefe dos eunucos, e não se contaminasse com os manjares do rei.

O livro de Daniel contém 12 capítulos e 357 versículos. Ele pode ser dividido em duas partes:
1)  Parte história - Do capítulo 1 ao 6. Registra acontecimentos presenciados por Daniel na Babilônia, primeiro sob o reinado de Nabucodonosor (cap. 1-4), depois no governo de Belsazar (cap. 5) e, finalmente, seu misterioso milagroso livramento nos dias de Dario, o medo (cap. 6).
2)  Parte profética - Do capítulo 7 ao 12. Registra as visões que Daniel recebeu de Deus acerca da elevação e queda dos governos humanos, sobre o destino do povo de Israel, em relação à dominação das nações gentílicas, e o futuro dos judeus no plano de Deus. O livro de Daniel é chamado de o “Apocalipse do Antigo Testamento”.
Está divisão é meramente didática, uma vez que, na parte histórica, estão registrados episódios em que Daniel interpreta sonhos e visões de conteúdo eminentemente profético. O autor do livro é o profeta Daniel; esta é a informação contida no próprio texto (Dn 7.1; 8.2; 9.2). O livro foi escrito na Babilônia, durante o período da vigência do cativeiro babilônico.
Sobre o profeta Daniel, sabe-se apenas aquilo que está relatado no livro por ele escrito. A Bíblia não registra os nomes de seus pais, mas diz que pertencia era da linhagem real (Dn 1.3). Ele e seus três amigos, Hananias, Misael e Azarias, eram jovens de boa aparência, instruídos, bem educados (Dn 1.4), mas, sobretudo, servos de Deus, com profundas convicções (Dn 1.8). Daniel foi contemporâneo dos profetas Jeremias e Ezequiel. No ano de 605 a.C., terceiro ano do reinado de Jeoiaquim sobre Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, sitiou Jerusalém e levou para a Babilônia vasos sagrados da casa do Senhor (Dn 1.1,2; 2 Cr 36.4-7). Nessa ocasião, levou alguns judeus cativos, entre os quais estavam Daniel e seus amigos (Dn 1.3). Estes foram escolhidos para viverem no palácio, a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus, para que, posteriormente, pudessem estar diante do rei, a seu serviço (Dn 1.4,5). Foi propósito do rei Nabucodonosor fazer da cidade um monumento de beleza. Ficaram famosos os seus jardins suspensos. Babilônia era um grande centro de idolatria. Havia mais de 2.000 deuses na cidade. O principal era Merodaque, contra o qual profetizou Jeremias (Jr 50.2). Havia, na cidade, 55 templos dedicados a este deus. Neste ambiente idólatra, os judeus, chorando de saudade de Sião, penduraram suas harpas nos salgueiros (Sl 137.1,2).
Deus ensina aos homens através da vida de quem vive de acordo com a sua vontade. O maior de todos os exemplos é Jesus, a expressa imagem da pessoa de Deus (Hb 1.3), cujo modelo devemos seguir (Jo 13.15; 1 Pe 2.21; 1 Jo 2.6). Também Daniel viveu uma vida exemplar, digna de ser imitada. A Bíblia nada informa sobre quando e como ser deu a conversão de Daniel. Mas quando, muito jovem, foi levado cativo para a Babilônia, era já um crente maduro. Daniel é um exemplo:
· Por ter cultivado uma vida de oração - Isto deu-lhe condições de conservar a sua identidade de servo de Deus, mesmo em uma sociedade pagã. O segredo da vitória de Daniel era o hábito de orar todos os dias três vezes (Dn 6.10), e, assim, quando influências e costumes idólatras queiram AGIR, para envolvê-lo, ele tinha poder para REAGIR e manter-se vitorioso. O segredo da vitória para todos nós é permanecermos aos pés daquele que nos amou! (Rm 8.37).
·  Por ter mantido firme o propósito de em tudo obedecer à Palavra de Deus - Quando entrou na escola palaciana e viu que o cardápio entrava em colisão com os preceitos da Lei de Deus, Daniel não quis se contaminar com aqueles alimentos (Dn 1.8). Com a ajuda de Deus, conseguiu alimentar-se de acordo com a sua consciência. E Jeová o recompensou por sua fidelidade, ao dar-lhe conhecimento e inteligência, em todas as letras; e sabedoria e entendimento, em toda visão e sonhos (Dn 1.17). E, por causa da diferenciada capacidade que Deus lhe deu, Daniel permaneceu diante do rei, para servi-lo (Dn 1.19).
Daniel ocupou um elevado cargo, tanto no reino da Babilônia (Dn 2.49, 5.29) como no império persa (Dn 6.1-3). Enquanto era alto funcionário, Daniel:
a) Era fiel (Dn 6.4). O crente deve ser fiel a seus superiores, estejam eles presentes ou ausentes. O cristão precisa ser sincero a deus colegas, e também a deus subordinados. Necessita cumprir os deveres assumidos, e ter firmeza em suas palavras, que devem ser sim, sim e não, não (Mt 5.37).
b) Não tinha vícios (Dn 6.4). O vício mais comum é a prática da mentira. O crente não deve mentir (Is 63.8; Ef 4.25). Outro vício é a desonestidade. O crente deve ser honesto a toda prova (Rm 12.17; 1 Ts 4.12).
Mesmo em idade avançada, Daniel deu bom exemplo. Tinha 80 anos quando foi convocado para interpretar a escrita na parede do palácio, e estava em condições de fazê-lo (Dn 5.13). A maior bênção na velhice é poder receber a mensagem que Daniel obteve: “vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias”


Trechos extraídos da Lição 1 da revista “Daniel, estadista e profeta” - 3º Trimestre de 1995

(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)

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