“E Daniel propôs no
seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho
que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se
contaminar.” (Daniel 1.8)
A reverência a Deus fez com que Daniel achasse graça aos olhos do chefe
dos eunucos, e não se contaminasse com os manjares do rei.
O livro de Daniel contém 12
capítulos e 357 versículos. Ele pode ser dividido em duas partes:
1) Parte
história - Do capítulo 1 ao 6. Registra acontecimentos presenciados por
Daniel na Babilônia, primeiro sob o reinado de Nabucodonosor (cap. 1-4), depois
no governo de Belsazar (cap. 5) e, finalmente, seu misterioso milagroso
livramento nos dias de Dario, o medo (cap. 6).
2) Parte
profética - Do capítulo 7 ao 12. Registra as visões que Daniel recebeu de
Deus acerca da elevação e queda dos governos humanos, sobre o destino do povo
de Israel, em relação à dominação das nações gentílicas, e o futuro dos judeus
no plano de Deus. O livro de Daniel é chamado de o “Apocalipse do
Antigo Testamento”.
Está divisão é
meramente didática, uma vez que, na parte histórica, estão registrados
episódios em que Daniel interpreta sonhos e visões de conteúdo eminentemente
profético. O autor do livro é o profeta Daniel; esta é a informação contida no
próprio texto (Dn 7.1; 8.2; 9.2). O livro foi escrito na Babilônia, durante o
período da vigência do cativeiro babilônico.
Sobre o profeta
Daniel, sabe-se apenas aquilo que está relatado no livro por ele escrito. A Bíblia não registra os nomes de seus pais, mas
diz que pertencia era da linhagem real (Dn 1.3). Ele e seus três amigos,
Hananias, Misael e Azarias, eram jovens de boa aparência, instruídos, bem
educados (Dn 1.4), mas, sobretudo, servos de Deus, com profundas convicções (Dn
1.8). Daniel foi contemporâneo dos profetas Jeremias e Ezequiel. No ano de 605
a.C., terceiro ano do reinado de Jeoiaquim sobre Judá, Nabucodonosor, rei da
Babilônia, sitiou Jerusalém e levou para a Babilônia vasos sagrados da casa do
Senhor (Dn 1.1,2; 2 Cr 36.4-7). Nessa ocasião, levou alguns judeus cativos,
entre os quais estavam Daniel e seus amigos (Dn 1.3). Estes foram escolhidos
para viverem no palácio, a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua
dos caldeus, para que, posteriormente, pudessem estar diante do rei, a seu
serviço (Dn 1.4,5). Foi propósito do rei Nabucodonosor fazer da cidade um
monumento de beleza. Ficaram famosos os seus jardins suspensos. Babilônia era
um grande centro de idolatria. Havia mais de 2.000 deuses na cidade. O
principal era Merodaque, contra o qual profetizou Jeremias (Jr 50.2). Havia, na
cidade, 55 templos dedicados a este deus. Neste ambiente idólatra, os judeus,
chorando de saudade de Sião, penduraram suas harpas nos salgueiros (Sl
137.1,2).
Deus ensina aos
homens através da vida de quem vive de acordo com a sua vontade. O maior de
todos os exemplos é Jesus, a expressa imagem da pessoa de Deus (Hb 1.3), cujo modelo
devemos seguir (Jo 13.15; 1 Pe 2.21; 1 Jo 2.6). Também Daniel viveu uma vida
exemplar, digna de ser imitada. A Bíblia nada informa sobre quando e como ser
deu a conversão de Daniel. Mas quando, muito jovem, foi levado cativo para a
Babilônia, era já um crente maduro. Daniel
é um exemplo:
· Por ter cultivado uma vida de oração - Isto deu-lhe condições de
conservar a sua identidade de servo de Deus, mesmo em uma sociedade pagã. O
segredo da vitória de Daniel era o hábito de orar todos os dias três vezes (Dn
6.10), e, assim, quando influências e costumes idólatras queiram AGIR, para
envolvê-lo, ele tinha poder para REAGIR e manter-se vitorioso. O segredo da
vitória para todos nós é permanecermos aos pés daquele que nos amou! (Rm 8.37).
· Por ter mantido firme o propósito de em tudo obedecer à Palavra de Deus - Quando entrou na escola palaciana e viu que o cardápio entrava em colisão com os preceitos da Lei de Deus, Daniel não quis se contaminar com aqueles alimentos (Dn 1.8). Com a ajuda de Deus, conseguiu alimentar-se de acordo com a sua consciência. E Jeová o recompensou por sua fidelidade, ao dar-lhe conhecimento e inteligência, em todas as letras; e sabedoria e entendimento, em toda visão e sonhos (Dn 1.17). E, por causa da diferenciada capacidade que Deus lhe deu, Daniel permaneceu diante do rei, para servi-lo (Dn 1.19).
· Por ter mantido firme o propósito de em tudo obedecer à Palavra de Deus - Quando entrou na escola palaciana e viu que o cardápio entrava em colisão com os preceitos da Lei de Deus, Daniel não quis se contaminar com aqueles alimentos (Dn 1.8). Com a ajuda de Deus, conseguiu alimentar-se de acordo com a sua consciência. E Jeová o recompensou por sua fidelidade, ao dar-lhe conhecimento e inteligência, em todas as letras; e sabedoria e entendimento, em toda visão e sonhos (Dn 1.17). E, por causa da diferenciada capacidade que Deus lhe deu, Daniel permaneceu diante do rei, para servi-lo (Dn 1.19).
Daniel ocupou um
elevado cargo, tanto no reino da Babilônia (Dn 2.49, 5.29) como no império
persa (Dn 6.1-3). Enquanto era alto funcionário, Daniel:
a) Era fiel
(Dn 6.4). O crente deve ser fiel a seus superiores, estejam eles presentes
ou ausentes. O cristão precisa ser sincero a deus colegas, e também a deus
subordinados. Necessita cumprir os deveres assumidos, e ter firmeza em suas
palavras, que devem ser sim, sim e não, não (Mt 5.37).
b) Não
tinha vícios (Dn 6.4). O vício mais comum é a prática da mentira. O crente
não deve mentir (Is 63.8; Ef 4.25). Outro vício é a desonestidade. O crente
deve ser honesto a toda prova (Rm 12.17; 1 Ts 4.12).
Mesmo em idade
avançada, Daniel deu bom exemplo. Tinha 80 anos quando foi convocado para
interpretar a escrita na parede do palácio, e estava em condições de fazê-lo
(Dn 5.13). A maior bênção na velhice é poder receber a mensagem que Daniel
obteve: “vai até ao fim;
porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias”
Trechos extraídos da Lição 1 da revista “Daniel, estadista e profeta” -
3º Trimestre de 1995
(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)
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