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OS PROFETAS LIGADOS AO CATIVEIRO

Por Unknown | 0 comentários
27 de julho de 2015

“Respondeu o rei a Daniel, e disse: Certamente o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis e revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério.” (Dn 2.47)

Até os incrédulos reconhecem a capacidade de Deus de revelar o desconhecido.

Estudar as profecias de Jeremias Ezequiel e Daniel nos ajuda a compreender as razões do cativeiro babilônico.
Sobre o profeta Jeremias, a Bíblia não menciona como se deu a sua chamada. Diz apenas que veio a ele a palavra do Senhor (Jr 1.4), confirmada por duas visões singelas (Jr 1.11-13,16). O ministério de Jeremias durou cerca de 40 anos, e estendeu-se pelo reinado dos cinco últimos reis de Judá. Ele foi chamado para o ministério profético no décimo terceiro ano do reinado de Josias em Judá (628 a.C.). Nesse período, aconteceu o último despertamento espiritual de Judá (2 Cr 34 e 35). Embora o livro deste profeta não faça menção às reformas religiosas dos dias deste reino, é possível que ele estivesse ativamente envolvido com elas. Por isso, fez uma referência elogiosa a Josias (Jr 22.15,16), depois que este morreu inesperadamente Megido (2 Cr 34.20-24).
Vejamos, então, quem foram os sucessores do rei Josias, e como lidavam com o profeta:
1)    Jeoacaz, filho de Josias, também chamado Salum (Jr 22.11,12), o qual, após três meses de governo, foi deposto e levado para o Egito (2 Cr 36.1-4), e Jeoiaquim (609 a 597 a.C.), seu irmão, foi posto como rei sobre Judá (2 Cr 36.5-8).
2)   Jeoiaquim, também chamado Eliaquim (2 Cr 36.4), rei idólatra e mal (2 Rs 23.37), foi duramente repreendido por Jeremias (Jr 22.13-19). Na sua palavra, Jeremias defendia a ideia de que Judá deveria submeter-se à Babilônia, detentora da hegemonia universal naquele momento. Esta mensagem, naturalmente, contrariava a estratégia política do rei e daqueles que o cercavam. O profeta foi perseguido, ameaçado de morte e preso (Jr 15.15-18, 18.18). Nesse reinado, Judá foi cercado pela Babilônia, o Templo saqueado e um certo número de judeus levado cativo, entre eles o profeta Daniel. Após o governo de onze anos, Jeoiaquim morreu e foi sucedido por seu filho Joaquim (2 Cr 36.8-10).
3)   Joaquim, também chamado Conias ou Jeconias (Jr 22.24, 24.1), reinou por três meses. Tropas de Nabucodonosor cercaram Jerusalém pela segunda vez (2 Rs 24.10-17). O rei foi levado cativo para Babilônia. Nabucodonosor colocou no trono Zedequias, também chamado Matanias (2 Rs 24.17), tio de Joaquim.
4)   Zedequias (597 a 587 a.C.) foi um rei fraco, vacilante e joguete nas mãos dos políticos de sua época. Frente à ameaça da Babilônia, Jeremias insistia com o rei que se entregasse voluntariamente a Nabucodonosor. Por causa desta sua mensagem, Jeremias foi considerado traidor da pátria, e foi duramente hostilizado. Zedequias não obedeceu à Palavra de Deus, e pagou muito caro por isto (2 Rs 25.5-7). Jerusalém foi queimada, seus muros derrubados, o Templo destruído, conforme dissera o profeta (Jr 37.17,18).
A mensagem que Jeremias recebeu para entregar foi de juízo sobre Judá. Suas palavras eram fortes e apaixonadas (Jr 7), e denunciavam a apostasia de seu povo. Os que tratavam da lei, desconheciam o Senhor; os seus pastores prevaricavam e os meus profetas falavam por Baal (Jr 2.8). O castigo de Deus viria. Se o povo se arrependesse, haveria livramento. Esta mensagem, porém, foi rejeitada; não a escutaram (Jr 6.16-19). Zombavam das ameaças de Deus transmitidas pelo seu servo (Jr 5.12). Nas mensagens de Jeremias, juízo e esperança caminhavam lado a lado. O cativeiro viria, mas não seria para sempre: duraria 70 anos (Jr 25.11, 29.10). Babilônia, executora do juízo de Deus sobre Judá, seria castigada (Jr 51.37-43). A visão se esperança de Jeremias projeta-se para dias distantes, quando Deus levantaria sobre o trono de Davi um Renovo de Justiça (Jr 33.15); Judá e Israel, juntos, retornariam ao Senhor (Jr 33.14), o qual faria com eles uma Nova Aliança (Jr 31.33,34). Isto acontecerá quando Jesus voltar em glória e instalar o Milênio.
Ezequiel era de linhagem sacerdotal. Seu pai foi o sacerdote Buzi. Nasceu durante o reinado de Josias. Foi levado cativo para a Babilônia na mesma ocasião que o rei Joaquim (597 a.C.). No quinto ano do seu cativeiro, Ezequiel recebeu a chamada para ser profeta. Deus se manifestou a ele em uma grandiosa visão (Ez 1.3-28) e, depois disto, disse-lhe: “Filho do homem, põe-te de pé, e falarei contigo” (2.1); “Eu te envio aos filhos de Israel” (2.3); “Eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel” (3.17). No cativeiro, estabeleceu-se junto ao rio Quebar, na localidade de Tel-Abibe, a sudeste da Babilônia (1.1, 3.15). Era casado, e sua esposa morreu subitamente (24.15-18). Seu ministério durou 22 anos. Ezequiel foi contemporâneo de Jeremias. Enquanto este ministrava para o povo de Judá na sua própria terra, aquele, para os exilados judeus, na Babilônia. Começou seu ministério seis anos antes de Jerusalém ser destruída.
A mensagem de Ezequiel era rica em parábolas e em ações simbólicas. Quanto ao conteúdo, era semelhante à de Jeremias. Denunciava a situação de degradação moral e espiritual de Judá (capítulo 8) e anunciava o castigo iminente. Judá seria castigada por sua idolatria, Jerusalém seria destruída e seu povo levado cativo. Até a destruição de Jerusalém, a palavra de Ezequiel era de juízo (cap. 1-24). Após este evento dramático, sua mensagem passou a ser de esperança, ao ocupar-se com as promessas de restauração.
Jeremias, Ezequiel e Daniel foram usados por Deus para transmitir a mensagem dos acontecimentos futuros sobre Israel e Judá. Hoje, o Espírito Santo nos adverte para que estejamos preparados, a fim de não sermos surpreendidos no dia da vinda do Senhor.


Trechos extraídos da Lição 3 da revista “Daniel, estadista e profeta” - 3º Trimestre de 1995

(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)

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