“Porque se levantarão falsos
cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for
possível, até os escolhidos” (Mc 13.22).
A Igreja da Unificação é uma
seita de caráter oriental, antibíblica, mas que afirma possuir a verdade
completa de Deus.
O fundador da Igreja da Unificação é o reverendo Moon. Seu nome completo é Yong
Myung Moon, que significa “Dragão brilhante”. Em 1946, mudou seu nome para Sun
Myung Moon, que significa “Sol e Lua brilhantes”. Nasceu em 1920, na Coréia do
Norte. Seus pais converteram-se ao Cristianismo através da Igreja Presbiteriana,
quando ele tinha 10 anos de idade. Moon afirma que teve uma visão aos 16 anos
de idade. Ele relatou que Jesus teria lhe revelado que a obra da redenção ainda
não estava completa, e que Moon seria o único capaz de completar a obra que o
filho de Deus havia começado, e começou a reinterpretar a Bíblia. Em 1 de maio
de 1954, fundou a Igreja da Unificação,
conhecida também como Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo
Mundial. No Ocidente: depois da
expansão de sua Igreja no Oriente, ele veio ao Rio de Janeiro em 1965, quando
deixou aqui um missionário. A seita se
interessa especialmente por jovens da classe média. Como as demais utiliza o
“terror psicológico” para manter seus adeptos.
O Jesus da Bíblia não é o mesmo de Moon. Moon afirma
que Jesus é filho do sacerdote Zacarias, negando, assim, a concepção
virginal de Cristo. Ele diz que Jesus foi enviado para completar a obra que
Adão não conseguiu terminar: constituir uma grande família na Terra, centrada
em Deus. Assim, afirma Moon, o segundo Adão, Cristo, deveria se casar e erguer
uma grande família. Ele ensina que isso não aconteceu por causa da morte de
Jesus no Calvário. Alega ainda que a morte do filho de Deus decorreu por causa
da traição de João Batista e, por isso, o sacrifício de Jesus só pôde garantir
uma parte da redenção. Mas a Bíblia
afirma que Jesus foi gerado pelo Espírito Santo no ventre da virgem Maria (Mt
1.18,20,25; Lc 1.24,35). A Bíblia mostra ainda claramente que Jesus veio ao
mundo para salvar os pecadores (Lc 19.10; 1 Tm 1.15) e não para suscitar
família. E que sua morte foi para remissão dos pecados (Rm 3.21-26; 1 Co 15.1-4;
Hb 5.9, 7.25). O moonismo nega a deidade
absoluta de Jesus, como as demais seitas. A Bíblia, porém, afirma
categoricamente que Jesus é o Deus verdadeiro (Is 9.6; Jr 23.5,6; Jo 1.1, 10.30;
Rm 9.5; Cl 2.9; 1 Jo 5.20; Ap 1.8). A Igreja da Unificação nega a ressurreição física de Jesus. Moon ensina
que Jesus ressuscitou apenas como espírito. A ressureição corporal de Jesus é a
viga mestra e o pilar do Cristianismo. É um dos elementos básicos que distinguem
o Cristianismo das outras religiões. O apóstolo Paulo assevera que negar essa
verdade é continuar no mesmo estado de pecado e miséria, e que sem ela o Cristianismo
não teria sentido (1 Co 15.17,18).
Mais doutrinas do reverendo Moon - O “Princípio
Divino” é um livro básico do moonismo. Eles consideram sua autoridade acima
da Bíblia. O conceito que eles possuem de
Deus nada tem a ver com a Bíblia. Consideram a humanidade uma grande
família. Como a família constitui-se de pai, mãe e filhos, Moon ensina que o
pai é Deus e a mãe é o Espírito Santo. Essa ideia é também da Nova Era. Esta afirma
que a Trindade consiste de inteligência, força e amor, representada como pai,
mãe e filho. Não existe na Bíblia nada indicando que o Espírito Santo seja
feminino. A palavra grega “pneuma”, usada amplamente no Novo Testamento para o “Espírito
de Deus”, é substantivo neutro. A Igreja da Unificação ensina que a queda do homem ocorreu em duas etapas:
espiritual e física. Espiritual: Eva cometeu adultério com Satanás, e dessa
relação íntima nasceu Caim. Física: depois desse suposto adultério, Eva teve união
física com Adão, resultando o nascimento de Abel. Assim, Moon associa o pecado
ao ato sexual. Porém, a Bíblia refuta com
clareza meridiana o fantasioso e maligno ensino de Moon: “E conheceu Adão a
Eva, sua mulher, e ela concebeu e teve a Caim” (Gn 4.1); “e teve mais a seu
irmão Abel” (Gn 4.2). Assim, Caim e Abel são filhos de Adão e Eva. O pecado do
primeiro casal foi a desobediência; eles comeram o fruto da árvore da ciência
do bem e do mal, que não era para comer (Gn 2.16,17, 3.2,11).
Desde o judeu
bar cochba, derrotado pelo imperador Adriano em 132 d.C., até Moon, muitos
foram os falsos cristos que se levantaram ao longo da história do Cristianismo.
O número deles é alarmante. Somente Jesus tem as credenciais do Messias. A vida e obra de Jesus ocorreram em
cumprimento das Escrituras (Lc 24.44). Na transfiguração de Cristo, vieram
pessoalmente Moisés e Elias, representantes da Lei e dos Profetas,
respectivamente, para ratificar a messianidade de Jesus (Mt 17.3; Lc 9.30). O
próprio Deus, desde os céus, testemunhou a respeito de seu Filho (Mt 3.17,18,
17.5; Lc 9.35). Seus ensinos e sinais miraculosos, acrescidos da sua ressurreição
e ascensão ao céu, são as provas irrefutáveis de sua messianidade (Lc 24.19; Jo
10.31-33, At 10.38).
Jesus disse
que o aparecimento de falsos cristos e profetas indicaria o fim dos tempos. A
seita do reverendo Moon insere-se neste contexto. Os avisos solenes de Jesus são
cada vez mais atuais (Mt 24.3-8; Lc 21.8). A Igreja, portanto, deve precaver-se
contra esses líderes de seitas.
Trechos extraídos da Lição 10
da revista “Seitas e Heresias - ‘Se alguém vos anunciar outro evangelho, seja
anátema’”
(Lições Bíblicas, Jovens e Adultos, 2º Trimestre de 1997 - CPAD)