“E a vida eterna é esta: que
te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste” (Jo 17.3).
Adorar um Deus diferente do
revelado nas Escrituras implica na alteração das outras doutrinas bíblicas,
tornando a mensagem da cruz num outro evangelho.
As seitas
unicistas ou modalistas são as que negam a doutrina bíblica da Trindade, sem, contudo,
negarem a deidade absoluta de Jesus. Origem
do Unicismo:
1) Gnosticismo - Esse nome, em grego, significa “conhecimento”. Os membros desse
movimento ensinavam a salvação através de um conhecimento místico, e não pela
fé em Jesus. Segundo essa doutrina, o Senhor Jesus não teve um corpo, isto é,
não veio em carne; o seu corpo seria uma mera aparência. Seu período de maior
influência foi entre 135 e 160 a.C.
2) Monarquianismo - A Igreja saiu ilesa nessa batalha contra o gnosticismo, mas restou a
preocupação dos cristãos sobre a divindade do Logos e o monoteísmo. Os
monarquianistas dinâmicos afirmam que Deus concedeu força e poder a Jesus,
adotando-o como Filho, negando assim a divindade absoluta de Jesus, e também a
Trindade. Era o prenúncio do arianismo, que negava a eternidade de Jesus,
considerando Cristo um deus de segunda categoria. Os monarquianistas modais ensinavam
que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são apenas três aspectos da Divindade,
sendo, portanto, uma mesma Pessoa. Deus era Pai na criação e na prorrogação da
Lei, Filho na encarnação e Espírito Santo na regeneração.
A doutrina de
Sabélio, estabelecida no século III d.C., por causa do intenso combate do
Cristianismo, chegou a desaparecer completamente da história. Mas reapareceu através da seita “Só Jesus”,
em 1913. Vejamos algumas seitas
modalistas da atualidade:
a) Só Jesus - Fundada por John S. Schepp, essa seita ensina que o batismo salva (assim
como a Congregação Cristã no Brasil), e que deve ser realizado somente em nome
de Jesus. Seus adeptos não seguem a fórmula batismal de Mateus 28.19.
b) Tabernáculo da Fé - Foi fundada por William Marrion Branham (1906 - 1965), que arrogava
para si a mesma autoridade dos profetas e apóstolos das Sagradas Escrituras e
negava a doutrina bíblica da Trindade.
c) Voz da Verdade - Essa falsa igreja tem um conhecido conjunto musical de mesmo nome, cujas
músicas são cantadas em nossas igrejas. Essa seita ataca a doutrina bíblica da Trindade,
e batiza só em nome de Jesus.
d) Igreja Local - Seu principal líder é Witness Lee. Conhecida por seu o ônibus “Expolivro”
e por seu jornal “Árvore da Vida”, faz proselitismo camuflado, sectário e
desleal em nossas igrejas. É modalista e ensina que a Divindade consiste em uma
só Pessoa.
Podemos refutar
o sabelianismo à luz da Bíblia, pois ela apresenta o Deus verdadeiro como Pessoa
Trina, mas sem qualquer semelhança com o politeísmo. Ou seja: a Bíblia fala de um só Deus. No batismo de Jesus, foram manifestadas as
três Pessoas distintas da Trindade: o Pai falando do céu, o Filho saindo das
águas do Jordão e o Espírito Santo repousando sobre Ele (Mt 3.16,17). Em Jo
8.17,18, Jesus está falando de duas Pessoas, e não de uma. Ele afirmou que veio
do Pai que voltava para o Pai (Jo 8.42, 16.5, 17.3,8). Em mais de 80 vezes,
Jesus deixou bem claro que, embora Ele o Pai fossem um, eram distintos com Pessoas,
possuindo cada um deles a sua própria personalidade.
Textos manipulados
pelos modalistas:
· Jo 10.30: “Eu e o Pai somos um” - Esse texto prova que Jesus é Deus absoluto,
igual ao Pai, e não a mesma Pessoa do Pai. “Um”, no grego, neste versículo,
está no neutro “hen” e não no masculino “heis”, mostrando duas Pessoas numa só
Deidade. Além disso, o verbo “ser” está no plural, “somos”, e não no singular, “sou”;
portanto, o Pai e o Filho são Pessoas distintas.
· Jo 14.9: “Quem me vê a mim vê o Pai” - Esta passagem é ainda hoje usada pelos
modernos sabelianistas para justificar a sua doutrina. “As palavras que eu vos
digo, não as digno de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as
obras” (v. 10).
Os adeptos das seitas unicistas batizam só em nome de Jesus. É um desvio
da Palavra de Deus. A fórmula determinada por Jesus foi “em nome do Pai, e do Filho,
e do Espírito Santo” (Mt 28.19), mas os unicistas apelam para quatro passagens
do livro de Atos que fazem menção do batismo em nome de Jesus: At 2.38, 8.16,
10.48 e 19.5. A incoerência dessa
doutrina unicista é que essas passagens bíblicas não tratam da fórmula
batismal, e sim de atos ou eventos de batismo. Se elas revelassem a fórmula
batismal, seriam iguais, pois a fórmula é padronizada. Aquelas pessoas eram
batizadas na autoridade do nome de Jesus.
A Bíblia diz que negar o Pai e o Filho traz
condenação (1 Jo 2.22,23). Por isso, não podemos compactuar com os que atacam a
doutrina da Santíssima Trindade. Não podemos estar de acordo com os que negam
essa verdade irrefutável das Sagradas Escrituras. Temos de aceitar as doutrinas
como a Palavra de Deus no-las apresenta. Ir além disso é incorrer na condenação
eterna.
Trechos extraídos da Lição 5
da revista “Seitas e Heresias - ‘Se alguém vos anunciar outro evangelho, seja
anátema’”
(Lições Bíblicas, Jovens e Adultos, 2º Trimestre de 1997 - CPAD)
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