“Portanto ide, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo” (Mt 28.19).
A cristologia, em termos de fé,
é uma questão de salvação ou perdição, e não meramente uma doutrina alternativa.
A doutrina da Trindade tem servido de escárnio e
zombaria para os incrédulos e adeptos de seitas. Os cristãos ortodoxos e
conservadores, fiéis à Palavra de Deus, enfatizam a doutrina do Pai, do Filho e
do Espírito Santo, a Trindade.
Vejamos algumas definições
de expressões que revelam a divindade de Cristo:
a) Verbo (Jo 1.1,14) - O vocábulo original aqui é “Logos” e não tem
correspondente na língua moderna. O “Logos” de Jo 1.1 não é impessoal, mas uma
Pessoa: é o Verbo Eterno, que se tornou Filho, o encarnado de Deus, quando foi gerado
pelo Espírito Santo no ventre de Maria, cumprindo-se assim a promessa de Deus: “Tu
és meu Filho, eu hoje te gerei” (Sl 2.7; At 13.33). A partir daí, “o Verbo se
fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14), e “nele habita corporalmente toda a plenitude
da divindade” (Cl 2.9).
b) Filho - O conceito de filho no pensamento judaico fala de participação e de
igualdade, como é o caso de “filho da luz” (Lc 16.8) e “filhos da ressurreição”
(Lc 20.36). Jesus, como “Filho de Deus”, revela sua identidade, assim como seu
título “Filho do homem” revela sua humanidade. A expressão “Filho de Deus”,
aplicada a Jesus, tem um sentido único e diferente no tocante à mesma expressão
aplicada aos salvos. Temos tal posição por adoção (Rm 8.15; Gl 4.5; Ef 1.5), e
não se trata de uma questão de substância ou essência. Jesus não é meramente um
filho de Deus, mas o Filho de Deus num sentido único.
c) Filho Unigênito - No Novo Testamento, esta expressão aparece cinco vezes concernente a
Cristo: Jo 1.14,18, 3.16; 1 Jo 9.4. O termo original é “monogenes”. “Mono”
significa “único”, e “genes” deriva de “genos” (raça, tipo). Isaque, por
exemplo, é chamado unigênito de Abraão, e sabemos que Abraão gerou também
Ismael e outros filhos com Quetura (Gn 16.15, 25.1-4). Isto mostra que a dita
palavra reflete a ideia de natureza, caráter, tipo, e não de geração. “Unigênito”,
na Bíblia, significa, portanto, o “único da espécie, único do tipo”. Jesus é
singular, único Filho de Deus que tem a essência do Pai.
Definindo a
Trindade - A Bíblia ensina que cada Pessoa da
Trindade é Deus absoluto em toda a sua plenitude. “Pois existe uma única pessoa do Pai, outra do Filho, e outra do
Espírito Santo. Mas a deidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo é toda uma
só, a glória é igual e a majestade é coeterna”. O Filho não é parte da
Divindade, mas Deus absoluto, e da mesma forma o Espírito Santo. O termo “Trindade”
não aparece na Bíblia. Ele surgiu na Igreja a partir do século II. Mas é o termo mais conveniente para designar
o Deus trino, que se revela através das Escrituras. A Trindade é um mistério divino
que ultrapassa a nossa razão, mas pela fé sincera na palavra de Deus aprendemos
a essa doutrina fundamental. “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança” (v. 26); “Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal”
(Gn 3.22); “Desçamos e confundamos ali a sua língua” (Gn. 11.7). O batismo de
Jesus (Mt 3.16,17), a fórmula batismal (Mt 28.19), a distribuição dos dons
espirituais (1 Co 12.4-6), a bênção apostólica (2 Co 13.13) e a unidade da Igreja
em Deus (Ef 4.4-6) são provas bíblicas irrefutáveis
da Trindade.
Cada pessoa da
Trindade é:
1) Deus - o Pai (Jo 17.3; 1 Co 8.4,6; Ef 4.6), o Filho (Jo 1.1; Rm 9.5; Hb 1.8,9
comp. Sl 45.6,7) e o Espírito Santo (At 5.3,4, 7.51 comp. Sl 78.18,19). Um só Deus em três Pessoas e não em uma só
Pessoa.
2) Jeová (SENHOR em nossas versões) - o Pai (1 Sm 2.2; 1 Co 17.20; Is 37.20); o Filho (Is 40.3 comp. Mt
3.3; Jr 23.5,6) e o Espírito Santo (Jz 15.14 comp. 16.20; Hb 3.7 comp. Êx
17.7,8; 2 Pe 1.21 comp. Nm 12.6).
3) Deus de Israel - o Pai (Sl 72.18), o Filho (Ez 44.2; Lc 1.16,17) e o Espírito Santo (2
Sm 23.2,3).
4) Senhor Deus - o Pai (Os 13.4), o Filho (Ez 44.2) e o Espírito Santo (At 7.51 comp.
2 Rs 17.14).
Atributos naturais
de cada pessoa da Trindade:
· Onipotente - o Pai (2 Cr 20.6; Is 14.27; Ef 1.19), o Filho (Mt 28.18; Ap 1.8, 3.7)
e o Espírito Santo (Zc 4.6; Lc 1.35).
· Eterno - o Pai (Sl 90.2, 93.2), o Filho (Is 9.6; Mq 5.2; Ap 1.17,18) e o
Espírito Santo (Gn 1.2; Hb 9.14).
· Onipresente - o Pai (Am 9.2,3; Hb 4.13), o Filho (Mt 18.20, 28.20; Jo 3.13) e o
Espírito Santo (Sl 139.7-10; 1 Co 3.16; Jo 14.17).
· Onisciente - o Pai (1 Cr 28.9; Is 48.5-7, 42.9), o Filho (Mc 9.34,35; Jo 2.24,25;
Lc 19.41-44) e o Espírito Santo (Ez 11.5; Rm 8.26,27; 1 Co 2.10,11).
· Criador - o Pai (Ne 9.6; Jr 27.5; At 14.15), o Filho (Jo 1.1-3; Cl 1.16-18; Hb
1.2,10) e o Espírito Santo (Jó 26.13, 33.4; Sl 104.30).
· Vida - o Pai (Sl 36.9; At 17.25,28), o Filho (Jo 1.4, 11.25) e o Espírito
Santo (Rm 8.2; Jó 33.4).
Trechos extraídos da Lição 2
da revista “Seitas e Heresias - ‘Se alguém vos anunciar outro evangelho, seja
anátema’”
(Lições Bíblicas, Jovens e Adultos, 2º Trimestre de 1997 - CPAD)
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