“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa
dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados” (Cl 2.16).
O cristão e a Lei de Moisés
são assuntos já discutidos e bem definidos no Concílio de Jerusalém: a graça
nos isenta do jugo da Lei.
A observância da lei, a guarda do sábado, o bode emissário, o espírito
de profecia e o sono da alma são os pontos principais que distinguem os adventistas
do sétimo dia dos evangélicos.
William Miller nasceu em 1782, em Pittsfield,
estado de Massachusetts, EUA, e era de família batista. Em 1818, ele começou a anunciar que Cristo
voltaria à Terra nos próximos 20 anos. Em 1831, Miller previu para 23 de Março
de 1843, depois para 22 de Outubro de 1844. Essas datas falharam. Miller
arrependeu-se e procurou a igreja. Já reconciliado, foi servir a Deus, vindo a
falecer em 1849. O mal, porém, já estava feito. Vários grupos começaram a
aparecer. Hiram Edson, Joseph Bates e James White com sua esposa Ellen Gould
White eram os mais proeminentes dos movimentos adventistas.
O decálogo é o esboço e a linha mestra
da Lei de Moisés. Ele está
registrado em Êxodo 20.1-17 e Deuteronômio 5.6-21. O termo vem de das palavras
gregas: deka (“dez”) e logos (“palavra”). “As dez palavras”, portanto, têm o
sentido de “mandamento, pronunciamento, princípios”. Por essa razão, o Decálogo
ficou conhecido universalmente como “os dez mandamentos” que Deus escreveu em
pedras e entregou aos filhos de Israel, através de Moisés. Qual a diferença entre lei moral e cerimonial? Os adventistas dizem
que a Lei de Deus é o Decálogo, e a de Moisés é a lei cerimonial, ou seja: os
demais preceitos, que não são universais. Mas a Bíblia afirma que existe uma só
lei. O que existe, na verdade, são preceitos morais, preceito cerimoniais e
preceitos civis. É a chamada lei de Deus, porque teve sua origem nEle. Lei de
Moisés, porque foi Moisés o legislador que Deus escolheu para promulgar a lei
no Sinai. Há princípios que são imutáveis e universais; não há para eles a
questão de transculturação. Onde quer que o Evangelho for pregado tais
princípios fazem-se presentes; são os preceitos morais ou éticos. O Senhor Jesus já cumpriu a lei (Mt 5.17).
O Concílio de Jerusalém determinou que os cristãos nada têm com a lei (At 15.10,11,
20.29). O apóstolo Paulo comparou a liberdade cristã à lei do casamento (Rm 7.13).
Se uma mulher for de outro homem, estando seu marido ainda vivo, é adúltera. Isso
porque está ligada à lei do marido. Por conseguinte, não podemos estar ligados
à lei e a Cristo ao mesmo tempo. Por isso, estamos mortos para a lei (Rm 7.4). Além disso, o apóstolo Paulo chamou a
lei de ministério da morte gravado em pedras (2 Co 3.7), ministério da
condenação (v. 9) e transitório (v. 13). O Antigo Testamento já foi abolido por
Cristo (v. 14). Buscar a salvação pela
observância da lei é desviar-se do cristianismo bíblico (Gl 5.1-4).
Para os adventistas do sétimo dia, os escritos da sra. Ellen White têm a mesma autoridade da Bíblia.
Afirmam que a expressão “o testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (Ap
19.10) é uma alusão aos escritos da sra.
White. Creem que suas obras têm “aplicação e autoridade especial para os
adventistas”, e negam que “a qualidade ou grau de inspiração dos escritos de
Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas”. Boa parte das obras da sra. White é plágio.
Walter T. Rea, em sua obra “A Mentira Branca”, apresenta tabelas intermináveis
desses plágios. Sabendo que o plagiador está desclassificado como servo de Deus,
os teólogos adventistas têm feito um esforço concentrado para salvar a imagem de
sua profetisa.
Crenças errôneas - Os adventistas dizem que o bode emissário, do Dia de Expiação,
representa Satanás. Assim, colocam Satanás como coautor da redenção. Moisés
prescreveu que, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote apresentasse dois bodes
para o sacrifício (Lv 16.5,10). Um dos bodes era sacrificado pelos pecados do
povo, e seu sangue aspergido para purificação do altar e de todo o tabernáculo;
já sobre o bode vivo, o bode emissário, o sumo sacerdote confessava os pecados
de toda a nação e, em seguida, enviava o animal ao deserto, como expiação para
os pecados do povo. A Bíblia diz que foi Jesus quem levou nossos pecados (Is 53.4-6;
Mt 8.16,17; Jo 1.29; 1 Pe 2.24, 3.18). Sobre o sábado, a questão não é ele em si, mas o fato de que não estamos
debaixo do Antigo Concerto (Hb 8.6-13). A guarda da Lei e do sábado é
retrocesso espiritual, é voltar às práticas antigas. A palavra profética previa
a chegada do Novo Concerto (Jr 31.31-33) e o fim do sábado (Os 2.11), que se
cumpriu em Jesus (Cl 2.14-17). Por essa razão, o sábado não aparece nos quatro
preceitos de Atos 15.20-29. O texto de Colossenses 2.16,17 deita por terra
todas as teses dos adventistas do sétimo dia. Os Adventistas afirmam que o
sábado missionário em Colossenses 2.16 é cerimonial. As festas judaicas eram
anuais, mensais, ou luas novas, e semanais (1 Cr 23.31; 2 Cr 2.4, 8.13, 31.3;
Ez 45.17). O sábado cerimonial, ou anual, já está incluído na expressão “dias
de festa”, que são as festas anuais, “lua nova”, mensais, e “sábados”, festa
semanal. No versículo seguinte, o apóstolo diz: “Que são sombras das coisas
futuras, mas o corpo é de Cristo” (Cl 2.17). Isto é: são figuras das coisas
futuras, que se cumpriram em Jesus. Foi por isso que Jesus afirmou ser Senhor
do sábado (Mc 2.28). Dizem que imperador romano Constantino trocou o sábado
pelo domingo. Isso não é verdade. Mas a palavra “domingo” significa “Dia do
Senhor”, porque foi nele que Jesus ressuscitou (Mc 16.9). O primeiro culto cristão
aconteceu no domingo (Jo 20.1) e o segundo também (vv. 19,20). Os cristãos se
reuniam no primeiro dia da semana (At 20.7). Assim, essa prática foi se
tornando comum, sem decreto e sem imposição. Foi algo espontâneo. Constantino
apenas confirmou uma prática antiga dos cristãos.
Para nós, portanto, cada dia é sábado, pois em Cristo repousamos todos os dias da semana (Hb 4.11).
Trechos extraídos da Lição 9
da revista “Seitas e Heresias - ‘Se alguém vos anunciar outro evangelho, seja
anátema’”
(Lições Bíblicas, Jovens e Adultos, 2º Trimestre de 1997 - CPAD)
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