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Assembleia de Deus em Cidade Continental - Ministério do Ipiranga.

ORTODOXIA E HERESIA

Por Unknown | 0 comentários
6 de setembro de 2015

“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Tm 4.16).

Não é necessário ser erudito para permanecer salvo, mas é dever do cristão saber discernir a doutrina ortodoxa da doutrina herética.

O termo seita, como aparece na Bíblia, significa facção, partido, grupo ou cisão. Inicialmente, não tinha caráter pejorativo (At 15.5, 24.5,14). Depois, assumiu sentido negativo (Gl 5.19-21). Pode designar um subgrupo de dentro de alguma religião organizada, como os saduceus (At 5.17) e os fariseus (At 15.5, 26.5), ou dissensões no seio da própria Igreja (Rm 16.17; 1 Co 11.19). Os hereges “convertem a graça de Deus em dissolução, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo” (Jd 4). Uma tal seita consiste num grupo de pessoas unânimes em torno de uma interpretação particular da Bíblia, caracterizando-se por distorções do cristianismo ortodoxo, no que diz respeito às doutrinas centrais da fé cristã. No cristianismo no século 1, o termo heresia indicava a negação do Evangelho pregado pelos apóstolos (2 Pe 2.1; 2 Co 11.3,4; Gl 1.8).
Doutrina é o conteúdo de um ensino ou crença. Ela pode ser divina (Mt 7.28; Jo 7.16; Tt 2.10), humana (Cl 2.22; Tt 1.14) e demoníaca (1 Tm 4.1). A doutrina divina é a bíblica, ortodoxa de sadia. A humana e a de demônios são heréticas, que levam o homem à condenação e perdição. A doutrina responde às perguntas sobre Deus, a Trindade, a natureza humana, a vontade de Deus, o nosso destino eterno. A perseverança na doutrina está relacionada à salvação (v. 16). O conhecimento e a prática da doutrina cristã nos protegem contra a heresia (v. 1-6; 2 Tm 2.18; Tt 1.11). Esse conhecimento não anula a espiritualidade do crente (1 Co 2.14,15; Rm 12.3). A doutrina contribui para a unidade da Igreja (Rm 16.17; 1 Co 1.10; Ef 4.12,13). As seitas distorcem as verdades fundamentais sobre Cristo reveladas na Bíblia, e isso resulta num outro evangelho (Gl 1.6-8) e num outro Jesus (2 Co 11.4), que oferecem uma falsa salvação e um falso céu para os seus adeptos.
As seitas, portanto:
a)  Negam a doutrina da Trindade - Os adeptos da maioria das seitas procuram salvar-se a si mesmos e, por essa razão, a Trindade lhes é um insulto; dessa forma tendem a rejeitá-la ou pervertê-la.
b) São exclusivistas - Seus promotores e adeptos ensinam que a salvação é exclusiva ao seu grupo religioso. Isso é uma afronta à graça de Deus e ao mérito do sacrifício de Jesus no Calvário. A Bíblia diz que a salvação está disponível, pela fé em Cristo, a todos os que se arrependerem de seus pecados (At 4.12, 10.43; Jo 3.15; Tt 2.11).
c) Vão além da Bíblia - Certas seitas e religiões explicitamente a autoridade da Bíblia; outras acrescentam algo a ela; e ainda há as que declaram crer nela, mas na prática sequer incentivam seus adeptos à leitura da Palavra de Deus. Colocam outros livros e líderes humanas como tendo a mesma autoridade da Bíblia ou acima dela. A Bíblia é a nossa única regra de fé e prática, inspirada por Deus (2 Tm 3.16). A Bíblia é a Palavra de Deus (Mc 7.13), o Livro do Senhor (Is 34.16).
d) Caracterizam-se por apresentarem novas “revelações”, novas interpretações da Bíblia, um outro Jesus, rejeição do cristianismo ortodoxo, liderança muito forte, mudanças constantes em sua teologia, falsas profecias e salvação pelas obras.
A palavra “credo” vem do latim e significa “creio”. O credo é mais que um conjunto de crenças: é uma confissão de fé; e tem como objetivo sintetizar as doutrinas essenciais do cristianismo para facilitar as confissões públicas, e conservar a doutrina contra as heresias. Vejamos alguns credos:
1) O primeiro credo da Bíblia está em Deuteronômio 6.4: “Ouve ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor”; citado por Jesus como o primeiro de todos os mandamentos (Mc 12.29).
2) O credo dos Apóstolos é o mais antigo dos três principais credos da Igreja Cristã. Diz a tradição que ele foi formulado pelos apóstolos logo após a ressurreição de Jesus, e que cada um deles apresentou um artigo de fé. O texto mais antigo desse credo é datado de 700 d.C.
3) O credo de Niceno foi formulado em 325 d.C. Ele contém princípios do credo anterior e novos elementos que lhe dão feição própria.
4) O credo Atanasiano ocupa-se da doutrina da Trindade. Todas as suas declarações podem ser confirmadas as Escrituras. Ele foi formulado em 381 d.C., e é muito extenso para ser citado na íntegra.
5) O credo das Assembleias de Deus constitui-se de 14 artigos que aparecem em cada edição do jornal Mensageiro da Paz, p. 2. Ele começa com uma declaração trinitariana: “Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo” (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.2ª; 2 Co 13.13).
A Bíblia é a única fonte para se discernir entre a ortodoxia bíblica e a heresia. Ela é a Palavra de Deus inspirada; o único padrão que distingui o certo do errado. O movimento religioso que rejeita, e tem aversão pelos credos formulados pela Igreja Cristã nos primeiros séculos, é seita; e, como tal, é inimiga do cristianismo bíblico e histórico.

Trechos extraídos da Lição 1 da revista “Seitas e Heresias - ‘Se alguém vos anunciar outro evangelho, seja anátema’”
(Lições Bíblicas, Jovens e Adultos, 2º Trimestre de 1997 - CPAD)

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