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Assembleia de Deus em Cidade Continental - Ministério do Ipiranga.

CARTA DE DEUS – A IMPORTÂNCIA DO TESTEMUNHO CRISTÃO (PARTE I)

Por Unknown | 0 comentários
31 de agosto de 2015
“Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens” (2 Cor 3:2).

Certa vez ouvi de um famoso Rabino judeu que, mais do que um mensageiro de Deus, ele procurava ser a carta de Deus nesta terra. Achei interessante tal afirmação, pois creio que essa pessoa nunca teve oportunidade de ler (por ser religioso da lei) o que disse o apóstolo Paulo no NT escreveu aos Coríntios em sua segunda carta aos Coríntios. E o apóstolo fala exatamente isto, ser a carta de Deus aqui na Terra.
Muitos cristãos não entendem que, mais do que falar de Jesus, é necessário viver Jesus. Diz a palavra de Deus:
“Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele” (Cl 2:6).
“Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou” (1 Jo 2:6).
Mais do que falar do evangelho, é imprescindível que vivamos o evangelho da Graça.

As Sagradas Escrituras nos mostram que, mais do que mensageiros de Deus, precisamos ser a carta viva de Deus para os homens. Através disso, é necessário ressaltar a todo crente a importância do testemunho cristão. Em muitas passagens o Senhor nos mostra o quanto é necessário que sejamos testemunho.
Testemunho é a declaração de uma testemunha e também é um ensino divino dado por Deus. Da mesma forma que o testemunho é declaração de alguém que viu e ouviu, ou seja, a experiência relatada de alguém ou algo, somos, em Cristo, como uma carta de Deus para este mundo, escrita pelo Espírito de Deus.
O apóstolo Paulo declara:
“Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração” (2 Cor 3:3).

Paulo estava dizendo que a maior carta de recomendação de um crente é o seu testemunho cristão. Existem muitas igrejas que usam uma carta de recomendação para receber a nova membresia. Porém, o que muitas cartas de recomendação talvez não possuam é a veracidade dos fatos de uma pessoa, assemelhando-se assim a muitos desses currículos adulterados que as empresas recebem.
O apóstolo Paulo dizia que ele não mercadejava a palavra de Deus, ou seja, falsificava, como muitos “mestres” da lei o faziam. Ele dizia que em Cristo é que ele falava, na Sua presença, com sinceridade e com devida propriedade. (2 Cor 2:17)
Há muitas pessoas que falam de Cristo, mas não com sinceridade, pois falsificavam a palavra de Deus. Aliás, a origem da palavra grega para mercadejar é καπηλεύοντες = kapeléuo(gr), que denota adulteração. Muitos caixeiros viajantes misturavam água com vinho para enganar seus fregueses e clientes. Essa palavra também significa corromper. Paulo dizia que havia muitos desordenados (insubordinados), faladores vãos e enganadores que ensinavam por torpe ganância (Tt 1:10-11).
Há muitos no meio cristão que não se importam em ser testemunho de Cristo, em ser carta de Deus, pois sua vida se resume ao marketing pessoal que faz de si mesmo, na sua própria glória. Não importa para eles se o testemunho cristão que vivem está fora dos padrões bíblicos, o importante é “servir a Deus”. Porém o que muitos não conseguem enxergar, no coração cauterizado pela ganância, é o que o Deus que servem é Mamom. Como diz Paulo: …, “cujo deus é próprio ventre, a sua glória é para confusão deles mesmos e o fim deles é a perdição” (Fp 3:19). Eles só pensam nas coisas terrenas.
E isso falo tanto de líderes como crentes em geral.

Como podemos identificar quem tem um bom testemunho cristão e é carta de Deus?
Na segunda parte deste estudo, mostraremos, pela Palavra de Deus, alguns princípios para o bom testemunho cristão, porém podemos adiantar que todo aquele que fala com sua vida (pensar e agir), que vive de acordo com os princípios bíblicos de justiça e retidão, que ama sem fingimento o seu irmão e que, acima de tudo, produz bons frutos (vistos tantos pelos próprios irmãos como pelos não crentes), esse pode ser considerado um bom testemunho cristão.

Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados. Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra. (Tt 1;15-16).
(Anderson Cassio Oliveira - Gospel+)
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JÓ, O SOFREDOR RESIGNADO

Por Unknown | 0 comentários
29 de agosto de 2015

“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28a).

Devemos nos manter fiéis às provações a que somos submetidos, pois conduzem-nos a bênçãos mais profundas.

A história de Jó é uma das mais comoventes da Bíblia. Nela descobrimos a origem e a finalidade dos sofrimentos. Ela nos revela o caráter e os objetivos do adversário do ser humano, Satanás; porém, em contrapartida, também revela um Deus soberano, Todo-Poderoso, e que, no seu propósito para nossas vidas, além de não permitir que a provação vá além do que possamos suportar (1 Co 10.13), sempre propicia um final feliz para os que são fiéis na tribulação (Dt 8.16; Tg 1.12). A história de Jó tem sido motivo de consolação para os que sofrem. Não se trata de um mito, e sim de um fato real que serviu de referência para outros autores bíblicos, como Ezequiel (Ez 14.14,20) e Tiago (Tg 5.10,11). Estes acontecimentos se deram em Uz (Jó 1.1), que alguns localizam a leste de Edom (Gn 10.23, 36.28; Jr 25.20; Lm 4.21), provavelmente a Noroeste da Arábia.
O próprio Deus testemunhou a Satanás do caráter de Jó (Jó 1.8). O importante na vida do ser humano não é o que os outros dizem dele, e sim o que o Senhor fala a seu respeito. A respeito de Jó, o Todo-Poderoso disse que ele era:
1)  Sincero - “Aquele que se exprime sem artifício, sem intenção de enganar, de disfarçar seu procedimento”. Foi e é a primeira coisa que Deus observa na existência do homem.
2)  Reto - “Íntegro, imparcial, conforme a justiça”.
3)  Temente - Não é ter medo de Deus, e sem receio de pecar contra Ele. É pensar antes de agir.
4)  Vigilante/Pacífico - “Afastava-se do mal” (v. 8). Desviava-se do mal, era pacífico.
5)  Cuidadoso com a família (vv. 4,5) - Como pai, exercia um verdadeiro sacerdócio sobre a sua casa, intercedendo por todos os familiares pelas madrugadas. Que exemplo notável para os chefes de família!
6) Desprendido (v. 3) - Não obstante ser um homem riquíssimo, seu coração não estava preso estas coisas. As riquezas não são impedimentos para se servir ao Senhor, e sim o amor a elas (1 Tm 6.10).
O acusador de Jó era Satanás, um ser maligno com todas as características de uma pessoa. É um querubim expulso do Céu (Ez 28.16). Seu serviço é acusar. Ele ainda conserva um relativo acesso a Deus, para nos denunciar. É chamado de Acusador (Ap 12.10). Sua atuação é “rodear a terra” (Jó 1.7). Ele é chamado de príncipe deste mundo (Jo 12.31, 14.30, 16.11). Satanás não pode tocar na vida do crente, a não ser com a permissão de Deus (Jó 1.12, 2.6; 1 Jo 5.18). Em sua soberania, o Senhor permitiu que Jó fosse provado, para mostrar a Satanás que o homem, o qual confia no seu Criador, pode perder todas as coisas aqui na Terra, mas jamais deixa de confiar em Deus (2 Tm 4.7).
Após a permissão de Deus, começa a provação de Jó. Satanás entrou em ação e, de um momento para outro, Jó perdeu toda a sua riqueza (Jó 1.12-17). Nem bem havia descansado das informações da perda dos bens materiais, logo chegou a péssima notícia da morte de todos os seus filhos (vv. 18,19). O Senhor permitiu a Satanás tocar no corpo do seu servo, à exceção da sua vida (v. 6). Jó já havia perdido tudo. Somente lhe responde a esposa, e esta, em vez de compartilhar com ele a perda de tudo, e ser solidária em sua doença, o incentivou a amaldiçoar Deus e morrer (vv. 9,10). Diante de terrível situação em que ele se encontrava, tanto os parentes como os amigos afastaram-se dele (Jó 17.6, 19.13-19, 30.9-12). Demonstrou uma comovente submissão ao sofrimento, embora desconhecesse os motivos (Jó 1.22, 2.10, 19.25,26). A principal lição do sofrimento de Jó é que nunca somos provados além do que podemos suportar (1 Co 10.13), e tudo concorre para o nosso bem (Rm 8.28).
Enfim, Deus mudou o cativeiro de Jó. Ele repreendeu a seus amigos (Jó 42.7-17), que diziam que o amigo estava naquela situação porque pecara contra o Senhor. Então Jó pediu o testemunho de Deus sobre sua inocência (Jó 13.22-24, 31.6,7). Ele disse que solicitassem a oração de Jó (Jó 42.8,9), o que ele fez, provando não ter algum ressentimento contra eles, e o Senhor ouviu a petição de seu servo. Quando ele orava pelos seus amigos, Deus repreendeu a sua enfermidade (v. 10). É o Senhor quem nos dá saúde (Mt 8.7; At 9.34; 3 Jo 2), pois dele vem toda boa dádiva (Tg 1.17). Ele lhe deu em dobro tudo quanto dantes possuía (Jó 42.10-12). Deu-lhe outros sete filhos e três filhas, as mais formosas que havia na Terra (Jó 42.13-15), e restabeleceu seus amigos e parentes (v. 11).
Nada do que acontece em nossa vida é obra do acaso ou coincidência. O Senhor é quem nos dirige, de modo que, muitas vezes, não entendemos o porquê das coisas em nossa existência. Mas, mesmo assim, devemos confiar em Deus. “Em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, Senhor, nunca desamparaste os que te buscam” (Sl 9.10).

Trechos extraídos da Lição 13 da revista “Aprendendo com os erros e acertos dos servos de Deus” - 2º Trimestre de 1996

(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)
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MARDOQUEU, O PROTETOR DOS JUDEUS

Por Unknown | 0 comentários
28 de agosto de 2015

“O Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem” (Hb 13.6).

A fé em Deus resulta em recebermos sua proteção em todas as circunstâncias de nossa vida.

O livro de Ester é o único da Bíblia onde não aparece a palavra de Deus; entretanto, o que se pode observar, de um modo nítido, é a mão do Senhor operando secreta e poderosamente na condução de todas as coisas, e de uma maneira específica na salvação dos judeus, e livrando-os das artimanhas preparadas pelos seus aniversários.
Embora um grande contingente do povo de Deus já houvesse regressado para a Palestina (Ed 1.11, 2.2), muitos judeus ainda estavam espalhados por todo o Império Persa. Eles viviam em terra estranha. Porém, mantinham suas convicções bíblicas, tendo leis diferentes das dos demais povos (Et 3.8). A Igreja, como aqueles judeus, também possui uma doutrina (Rm 7.17, 16.17; Tt 2.10) e costumes diferentes (1 Co 6.2, 10.31,32; Ef 2.10; 1 Tm 2.9,10).
Tudo corria normalmente para os judeus, até que Hamã traçou um plano para eliminá-los. O autor foi deste projeto Hamã (Et 3.1,10, 8.3,5, 9.24), o qual ocupava a posição de líder. Todos deveriam prostrar-se diante dele (Et 3.2). Hamã odiava Mardoqueu e os judeus. Detestava o primo de Ester, por ele não ter se prostrado diante dele (vv. 2,5, cp. 5.9); por isso, mandou preparar uma forca para matá-lo (Et 5.13,14). Seu plano era acabar com todos os judeus (Et 3.6). Para tanto, trabalhou às ocultas para concretizá-lo (vv. 5-10), como o Diabo, que também se empenha para destruir o povo de Deus (Mt 13.25; 2 Pe 2.1). Com muita habilidade e astúcia diabólicas, Hamã conseguiu que o rei assinasse o decreto da matança de todos os judeus (Et 3.8-14). O Diabo estava por detrás de todo esse plano. Se todos os descendentes de Judá fossem mortos, como se cumpririam as Escrituras, que diziam vir o Messias deste povo?
Mardoqueu era judeu (v. 4) e primo de Ester, que havia sido escolhida pelo rei Assuero para substituir a rainha Vasti (Et 2.8,9,15,18). Ele era prudente (vv. 10,20), abnegado (v. 7), fiel a Deus (Et 3.2) e ao rei (vv. 2,3), cuidadoso (Et 2.11), etc. Intercedeu pelo povo Judeu em duas ocasiões distintas:
1)  Diante de Ester (Et 4.1-16) - Quando soube da assinatura do decreto, Mardoqueu ficou transtornado com a notícia. Vestiu-se de saco e cinza, como sinal de indignação, e ficou na porta do palácio; comunicou-se com Ester, através de um portador, informando-lhe a respeito do decreto, e solicitou dela a intercessão junto ao rei, para a anulação da sentença.
2) Diante de Assuero - Diante da intercessão de Ester, que tinha Mardoqueu como o mentor da libertação, o rei Assuero os incumbiu de redigirem um novo decreto que concedesse aos judeus o direito de se defenderem no dia estipulado para a matança, cujo texto ele selaria com o seu anel.
Mardoqueu, então, foi honrado. Sua exaltação começou quando o rei descobriu que ele tinha sido o delator da conspiração que visava mata-lo. O monarca determinou que ele fosse honrado publicamente (Et 6.1-12). O monarca o engrandeceu, constituindo-o como segundo no reino (Et 10.2,3). Em toda a participação de Mardoqueu para libertar os judeus, encontramos uma figura clara do Senhor Jesus, que veio para ser o libertador da humanidade (Lc 4.18,19; Jo 8.31), e era judeu, como ele (Jo 4.22); como Mardoqueu não se curvou ante Hamã, assim também Cristo não se prostrou ante as propostas de Satanás (Mt 4.9.10; Lc 10.18,19; Cl 3.14,15); como Mardoqueu foi honrado pelo rei, assim Cristo foi também festejado pelo Pai, quando subiu ao Céu (Ef 4.10), recebendo uma roupagem celestial de glória (Ap 1.13-16), tornando-se grande (Hb 10.22), assentando-se no trono ao lado do Todo-poderoso (Ap 3.21), recebendo um nome que é sobre todos os nomes (Fp 2.6-8), estabelecendo uma ordenança em comemoração à sua vitória, a Ceia do Senhor (1 Co 11.23-26), e tornando-se nosso protetor (Hb 13.5).
Devemos pautar nossas vidas pelos preceitos divinos, sabendo que não estamos desamparados, como órfãos, pois temos um intercessor no Céu, que intercede sempre por nós (Hb 7.25), e nos concede as armas, para enfrentarmos e vencermos as astutas ciladas do Diabo (Ef 6.10-18).

Trechos extraídos da Lição 12 da revista “Aprendendo com os erros e acertos dos servos de Deus” - 2º Trimestre de 1996


(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)
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ABIGAIL, A MULHER PRUDENTE

Por Unknown | 0 comentários
27 de agosto de 2015

“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios” (Ef .15).

A prudência é a ciência dos justos, que os livra de situações adversas e os conduz a grandes vitórias.

Samuel havia falecido (1 Sm 25.1), e Saul, o rei, fora rejeitado pelo Senhor (1 Sm 13.14). Davi, que havia sido escolhido por Deus para substituí-lo (1 Sm 16.1,12,13), estava sendo perseguido por este, que queria matá-lo (1 Sm 19.10, 23.14), pois sabia que aquele jovem belemita seria seu sucessor no trono (1 Sm 24.20). Davi então passou a habitar nas cavernas, nos desertos e montes (1 Sm 22.1, 23.14, 25.1), acompanhado por um grupo de homens que se aliaram a ele (1 Sm 22.1,2, 23.13, 24.3,6). Diante da necessidade de alimentação para si e seus homens, Davi enviou alguns de seus companheiros a Nabal, para solicitar-lhe o mantimento, o que lhe foi negado, levando-o a preparar um ataque contra a casa deste grande fazendeiro.
No lar de Abigail existiam duas naturezas heterogêneas. Abigail significa “meu pai é alegria”. Além de formosa, suas principais virtudes eram: sensatez, prudência, sabedoria, humildade e afetuosidade. Nabal significa “tolo”, “sem juízo”. Ele era um homem de temperamento rijo; avarento, embora muito rico e poderoso; duro de coração e maligno em obras.
A vida de Abigail foi caracterizada pela prudência. Ao receber o aviso de que Davi atacaria sua casa, Abigail ouviu atentamente o portador da triste notícia, não obstante ser ele apenas um de seus servos (1 Sm 25.14-17). Ela era boa ouvinte. Não era uma ouvinte esquecida (Tg 1.22). Passou a tomar urgentemente as providências necessárias. Era uma mulher destemida (vv. 18,23,42). Sua generosidade foi muito grande, em contraste com a avareza e dureza do marido. Nada revelou ao marido, pois ele não compreenderia. Procurou um caminho onde não fosse vista pelos de sua casa, determinando que seus mancebos fossem na frente (vv. 19,20). Esta escolha demonstra sua prudência e sabedoria. Ao encontrar se com Davi, prostrou-se em terra diante dele e lançou-se a seus pés (vv. 23,24). Humilhou-se, chamando-se a si mesma de serva por sete vezes (vv. 24,25,27,28,31,41). Com os humildes está a sabedoria (Pv 11.2). Foi branda, humilde, perseverante, e, com muito respeito ao futuro Rei, procurou ajudar o esposo culpado, sem ocultar a verdade dos fatos (Pv 28.13). Lamentou não ter atendido aos emissários de Davi, por não tê-los visto (1 Sm 25.25). Tomou para si a falha de seu marido, pedindo perdão (v. 28; Ec 7.12). Reconheceu que Davi estava na vontade de Deus e que seria o futuro rei (vv. 26-31). Por esta razão, chamou-o de “meu senhor” por quatorze vezes (vv. 24-31). Ela era uma mulher sintonizada com vontade divina, pois mencionou o nome do Senhor por sete vezes neste episódio (vv. 26,28-31). As palavras de Abigail aplacaram a ira de Davi e o levaram a agradecer a Deus por tê-la enviado ao seu encontro, desviando-o do seu terrível intento (vv. 32-34). Aplacada a ira de Davi, Abigail voltou para o seu lar, onde Nabal, seu esposo, estava totalmente embriagado, em um banquete que ali se realizava. Por isto, ela achou prudente nada lhe revelar do que acontecera. No dia seguinte, quando ele estava sóbrio, revelo-lhe o que se passara, o que deixou seu coração amortecido e como que petrificado (vv. 36,37). Ela esperou o momento propício para dar a notícia.
Podemos ver a prudência de Abigail recompensada nas seguintes circunstâncias:
1)  Na morte de Nabal - Com a morte do esposo, Abigail recebeu a vitória no seu lar, ficando livre do jugo desigual que a prendia ao marido (Rm 7.2; 1 Co 7.39).
2)  No convite para ser esposa de Davi - Com a morte de Nabal, Davi propôs casar-se com Abigail (1 Sm 25.39-42). Certamente, ele viu nela não somente a beleza física, mas também a espiritual (1 Pe 3.3-6), seu dinamismo, sua coragem, humildade e submissão. “A mulher prudente vem do Senhor” (Pv 19.14). Ela, que havia se humilhado, é agora exaltada.
3) No nascimento de seus filhos - Como esposa de Davi, ela teve 2: Quileabe e Daniel. Embora alguns estudiosos afirmem que o Quileabe de 2 Samuel 3.3 seja o mesmo Daniel de 1 Crônicas 3.1, uma coisa é certa: pelo menos um filho ela deu ao rei.
Pelos diversos aspectos que envolvem o relato bíblico desta lição, podemos ver em Abigail uma figura da Igreja de Cristo, pois:
a)  Ela vivia ligada a um homem mau e violento - Sem Jesus, nós estávamos dominados ligados ao pecado (Sl 14.2; Rm 3.23), o qual nos escravizada (Jo 8.34).
b)  Ela teve um encontro com Davi - Nós tivemos um encontro com Jesus (Mt 11.28), que nos salvou (Jo 3.16) e nos purificou de todos os nossos pecados (1 Jo 1.7).
c) Após o encontro de Abigail com Davi, Nabal morreu - Como resultado do nosso encontro com Jesus, morreu o domínio do pecado em nossa vida (Rm 6.6-14), e passamos a ter paz (Jo 14.27) e convicção do perdão dos nossos pecados (Ap 1.5).
d)  Ela foi convidada para ser esposa do rei - Pela salvação, a Igreja tornou-se a Noiva do Cordeiro (Ap 22.17; 2 Co 11.3), e está esperando a qualquer momento sair ao seu encontro, para a realização do casamento (Mt 25.1-13).
Tenhamos uma vida de prudência em todos os momentos de nossa existência, a fim de usufruirmos extraordinárias bênçãos vindas da parte de Deus. Não somente nas coisas relacionadas com o presente, mas também nas que dizem respeito à eternidade, ao lado de Jesus.

Trechos extraídos da Lição 11 da revista “Aprendendo com os erros e acertos dos servos de Deus” - 2º Trimestre de 1996

(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)
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ELI, O SACERDOTE CONIVENTE

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25 de agosto de 2015

“Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto” (Pv 27:5).

A disciplina aplicada no tempo e modo corretos produz resultados extraordinários e evita grandes males.

Eli era o sumo sacerdote em Siló, uma cidade cerca de quarenta quilômetros ao norte de Betel. Foi também um dos juízes de Israel durante quarenta anos (1 Sm 4.18). A situação do povo nos seus dias era crítica e se resumia e ritualismo, carnalidade e formalismo. Eli teria sido o primeiro sumo sacerdote dos descendentes de Itamar (Lv 10.1,2,12; 1 Rs 2.27; 1 Cr 24.2). Inicialmente, tudo indica que deve ter feito um bom trabalho. Porém, o final de sua administração foi comprometedor. Após a morte de Sansão, Eli atuou como juiz civil e religioso em Israel. Ele foi o décimo quarto juiz do povo. Sua permanência durante quarenta anos na função indica que pôde exercê-la com sabedoria e autoridade, grande parte desse tempo.
Com o passar dos anos, Eli perdeu o vigor espiritual e a autoridade, e tornou-se conivente com o pecado. Podemos ver isto por:
1)  Seu declínio espiritual, caracterizado pelos seguintes fatos:
a)  Juízo precipitado de Ana - Julgou que ela estivesse embriagada, quando ela derramava sua alma perante o Senhor (1 Sm 1.14-17).
b)  Deus não falava mais com ele - Não ouvia mais a voz do Senhor. Quando Deus falou com Samuel, ele ficou curioso para saber o que havia sido dito (1 Sm 3.16,17).
c)  Visão enfraquecida (1 Sm 3.2) - Não há dúvidas de que isto se refere à sua idade tão avançada. Mas podemos ir aí uma figura da perda de visão espiritual, que é pior que a física (2 Pe 2.9), pois não se percebe mais a voz de Deus (Ap 3.17,18).
d)  Velhice acentuada (1 Sm 4.15) - Sua idade pesava-lhe muito. Existem crentes velhos e velhos crentes. Crentes velhos são aqueles que, independentemente da idade, estão cansados, sem ânimo para nada, e podem trazer problemas para os outros (1 Rs 13.11-21). Velhos crentes são aqueles que sempre produzem (Sl 92.13-15).
e) Peso exagerado (v. 18) - Tinha perdido a agilidade. Em seu ministério sacerdotal, também não possuía mais a disposição para exercer sua função.
f)   Acomodado - “Deitado”, “sentado” (1 Sm 1.9, 3.2, 4.13,18), são palavras que descrevem a acomodação no plano físico. No espiritual, não podemos estar “sentados” (Sl 1.1; Lc 22.55) ou “deitados” (Ef 5.14; Pv 24.30-34), e sim “em pé pela fé” (Rm 11.20), para esperarmos Jesus (Lc 21.36).
2)  Seus filhos, em:
a)   Suas funções - Exerciam o sacerdócio junto a seu pai em Siló, mas não temiam o Todo-poderoso e nem respeitavam os homens.
b) Seus relacionamentos com Deus - Não conheciam o Senhor, isto é, não tinham comunhão com Deus (1 Sm 2.12).
c)    Seus pecados e crimes:
· Profanavam os sacrifícios (vv. 13-16), levando o povo a desprezar as ofertas do Senhor. Esse era um ato de sacrilégio e desprezo às coisas espirituais (Ml 1.7,8).
· Contaminavam-se com as prostitutas (v. 22) que ficavam à porta da tenda.
Por todos esses pecados, Deus resolveu matá-los (v. 25). O ministério não é profissão ou emprego (v. 36). Também não é para aquele que quer ser, e sim para aquele a quem Deus chama (Hb 5.4).
3)  Sua conivência - O principal pecado de Eli foi a conivência, pois ele sabia de tudo o que seus filhos faziam, através do comentário do povo (v. 22), do homem que Deus enviou para adverti-lo (vv. 27-29) e das palavras que o Senhor falou a Samuel (1 Sm 3.11-14). Ele sabia da vida de profanação e pecado que viviam, porém, não se repreendeu no tempo oportuno, com a severidade que o caso requeria (v. 13).
Deus dirigiu-se a Eli, advertindo-o sobre:
1)  Seu privilégio lembrado (1 Sm 2.27,28) - O julgamento começa pela casa de Deus (1 Pe 4.17), e, principalmente, por aqueles que estão à frente da obra (Ap 2.12). Eli nada fez para merecer tal posição. Foi um privilégio concedido por Deus, que ele não soube honrar.
2)  Seu privilégio abusado (v. 29) - Ele era da casa mais privilegiada de Israel. Porém, sua família tirava proveito da posição para obter lucros próprios, abusando da bondade de Deus.
3)  Sua nefasta influência (v. 22,29) - Sua casa foi julgada pelo péssimo comportamento de seus filhos e sua conivência. Lares e igrejas poderão ser afetados pela influência de uma só pessoa (Hb 12.15; 2 Pe 3.17).
4)  Sua disciplina retardada (v. 29) - A disciplina traz grandes benefícios, quando aplicada no tempo e de modo corretos (Ec 8.6); porém, quando é retardada, causa grandes prejuízos.
Deus prometeu levantar outro sacerdote, que fosse fiel (v. 35). A sentença de Deus foi severa: não haveria mais velho em sua casa, ou seja, todos morreriam na idade varonil; os que sobrevivessem, seriam para entristecer a própria alma; e os seus filhos, Hofni e Finéias, morreriam no mesmo dia (vv. 31-36). Tudo isso se cumpriu na íntegra.
Agradeçamos a Deus pelos talentos recebidos, para executarmos a sua obra. Nunca descuidemos de nossa vida espiritual, a fim de não cairmos do formalismo, servindo a Deus mecanicamente, devido à perda do visor espiritual; o que poderá nos levar a ter uma vida de conivência com as coisas que não agradam ao Senhor (Rm 12.1-3).

Trechos extraídos da Lição 10 da revista “Aprendendo com os erros e acertos dos servos de Deus” - 2º Trimestre de 1996

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ANA, A CRENTE FIEL

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24 de agosto de 2015

“Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2:10c).

A fidelidade traz bênçãos extraordinárias para a vida presente e a futura.

A vida de Ana é caracterizada por um notável exemplo de fidelidade em todos os aspectos. Seu nome significa “graça”, e reflete o que realmente foi a vida desta serva de Deus. Seu filho Samuel, recebido como resposta divina, foi um dos mais extraordinários vultos do Antigo Testamento, que marcou o fim da época dos juízes para o período dos reis de Israel. Vejamos algumas preciosas lições da vida desta crente fiel.
Ana era esposa de Elcana, que pertencia à linhagem levítica (1 Cr 6.16-28); assim sendo, seu filho Samuel pôde exercer um ministério tríplice: profeta, juiz e sacerdote. Elcana dividia o seu coração entre Ana e Penina, sua segunda mulher. Ele, no entanto, amava mais a primeira e dava-lhe a melhor parte. Isto levava Penina a provocar e a aborrecer Ana, pelo fato de ser esta estéril (1 Sm 1.4-8). A esterilidade era uma questão muito séria naqueles dias, pois a mulher estéril era rejeitada pela sociedade, que, em sua concepção popular, achava que a esterilidade era um castigo divino (Gn 16.2, 30.1-23; 1 Sm 1.6,20). Não obstante ser estéril e os problemas no seu lar, ela era fiel como esposa e companheira no servir ao Senhor.
Ana cria em Deus. Isto pode ser visto em sua curta biografia, onde ela faz alusão ao nome do Senhor por dezesseis vezes (1 Sm 1.11,15,22,26,28, 2.1,2,3,6,7,8,10). O Todo-Poderoso ocupava o centro de sua vida. Ela não faltava às reuniões do Tabernáculo, sempre acompanhada do esposo, quer quando estéril ou mesmo depois de o Senhor ter lhe aberto a madre (1 Sm 1.1-7,22-28). Anualmente, Elcana ia a Siló com toda a família para servir ao Senhor, obedecendo, assim, a uma determinação de Deus para o seu povo (Dt 12.1-7,17,18). Quando ele dava a Ana a porção mais excelente de comida, porque a amava muito, isto levava Penina, sua competidora, a aborrecê-la, porque era estéril. A casa de Deus é lugar de alegria, concórdia, paz, perdão, amor fraternal, etc (Sl 133.13), e não de contendas (1 Co 11.17).
Diante do problema de sua esterilidade e das provocações de Penina, Ana não discutiu com ela ou com seu marido, pois entendeu que a solução estava em clamar a Deus, e foi o que fez. Angustiada, falou ao Senhor que, se Ele lhe concedesse um filho varão, ela o daria de volta por todos os dias da vida dele, e seu cabelo não seria cortado (1 Sm 1.11), ou seja, ele seria um nazireu de Deus (Nm 6.1-8). Precipitadamente, Eli a julgou uma mulher embriagada. Todavia, Ana não desrespeitou o ungido de Deus, mas respondeu-lhe educadamente. Ao levantar-se da oração, o seu rosto estava alegre (1 Sm 1.18). “O coração alegre aformoseia o rosto” (Pv 15.13). Deus ouviu sua oração, e ela concebeu Samuel. O Senhor faz que a estéril “seja alegre mãe de filhos” (Sl 113.9). Em toda esta fase, vemos sua fidelidade: gravidez, nascimento, amamentação, higiene, vestuário, educação, etc. Os filhos são herança do Senhor (Sl 127.3), e devemos ensiná-los a andar em seus caminhos (Pv 22.6). Ana era uma mulher agradecida (1 Sm 2.1-10). Não devemos nos esquecer de nenhum dos benefícios do Senhor (Sl 103.3). “Em tudo dai graças” (1 Ts 5.18), é o ensino da Bíblia. Como mãe, não deve ter sido fácil para Ana entregar seu filho Samuel, a fim de servir ao Senhor em sua casa. Porém, ela foi fiel ao juramento feito no momento de sua aflição. Elcana, seu marido, concordou com ela (1 Sm 1.23). O casal compareceu ao Tabernáculo com o filho e as ofertas que eram determinadas (Dt 12.5,6,11). Jamais devemos nos apresentar vazios à presença do Senhor (Dt 16.16), mas tragamos nosso coração, nosso culto, nossa adoração, nossa oferta, nossos corpos em sacrifício vivo (Rm 12.1-3).
Pela fidelidade, Ana foi grandemente recompensada. Deus lhe concedeu outros cinco filhos: três homens e duas mulheres (1 Sm 2.21); dando-lhe, assim, a bênção que mais tarde o salmista registrou (Sl 113.9). Ana foi honrada pelo Senhor (1 Sm 2.30). Os que se humilham serão exaltados (Mt 23.12). Além disso, todos os anos Ana ia ao Tabernáculo com seu marido, para oferecer o sacrifício anual, e, nessas ocasiões, ela experimentava duas grandes bênçãos:
a) Rever o filho que, como mancebo ainda, crescia servindo ao Senhor (1 Sm 2.18), e levar-lhe sempre uma túnica (v. 19).
b) Ser abençoada pelo sacerdote Eli, que sempre reconhecia o grande ato de fé e fidelidade demonstrada por Ana (v. 20).
Grandes são as bênçãos experimentadas pelos crentes fiéis a Deus. Já nesta vida, o Senhor nos cerca com o seu cuidado, e grande recompensa está reservada para o dia da volta de Jesus. Naquele dia, o Todo-poderoso procurará os fiéis da Terra, para estarem com ele em sua glória para sempre (Sl 101.6)!

Trechos extraídos da Lição 9 da revista “Aprendendo com os erros e acertos dos servos de Deus” - 2º Trimestre de 1996

(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)
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RUTE, A NORA FIEL

Por Unknown | 0 comentários
23 de agosto de 2015

“Faça-me assim o Senhor, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti” (Rute 1.17b).

A fidelidade nas coisas mínimas nos conduz às maiores bênçãos.

Na relação de mulheres notáveis da Bíblia, o nome de Rute é um dos mais importantes. Veremos como Rute, uma moça gentia, entrou, pela fé, no meio do povo de Deus, venceu os obstáculos e recebeu a bênção divina em sua vida, deixando-nos lições preciosas para observarmos.
O vocábulo Rute significa “companheira”, o qual, por si só, já demonstra o que foi sua vida. Noemi, sua sogra, cujo nome significa “agradável”, era uma mulher que possuía os seguintes predicados: confiava em Deus, reconhecendo-o em todos os atos de sua vida (Rt 1.6,8,9,13,20,21, 2.20), era conselheira e amiga das noras (Rt 1.8,9,11-13, 2.22), abnegada (Rt 1.19-21), bondosa e persistente (Rt 3.1), carinhosa (vv. 14-16), etc. Ela era casada com Elimeleque e tinha dois filhos: Malom e Quiliom. A fim de escapar da fome que se agravara, a família deslocou-se de Belém para as campinas de Moabe, onde o chefe da casa faleceu (Rt 1.1-3). Rute casou-se com Quiliom. No entanto, menos de dez anos depois, este veio a falecer, como também seu irmão Malom, que havia se casado com Orfa, outra moabita (vv. 1-4). Com a morte dos maridos, ficaram três viúvas em uma só casa: uma já idosa, e as outras duas mais jovens, ambas sem filhos. Diante dos fatos, Noemi resolveu voltar para Belém, cerca de oitenta quilômetros de onde estava, pois ouvira falar que a fome acabara em sua terra (v. 6). Sabendo das dificuldades que encontrariam em Israel, ela tentou convencer suas noras que voltassem às casas de seus pais, onde poderiam casar-se de novo. Orfa resolveu aceitar as instâncias de sua sogra, e desistiu de continuar a viagem. Porém, Rute não queria se afastar dela, disposta a compartilhar as durezas da vida de viúva, em Israel, junto a Noemi (vv. 8-17).
Rute era moabita (Rt 1.22, 2.2,6,21, 4.5) e, como tal, não poderia fazer parte do povo de Deus (Dt 23.3-6; Ne 13.1); mas sua lealdade e confiança foram maravilhosamente recompensadas, merecendo ser ela uma exceção à regra, devido à excelência do seu caráter. Ela se integrou perfeitamente ao povo de Deus, o que vemos em sua declaração a Noemi (Rt 1.16). Como é importante que vivamos uma autêntica vida cristã, para que os que estão ao nosso redor possam também ter um encontro com Deus (Mt 5.13-16)! Pela confissão feita por Rute, vemos que sua confiança em Deus era muito grande (vv. 16,17), não se tratando de algo superficial, mas de uma profundidade inabalável. É uma das mais belas afirmações que lemos na Bíblia! A fé viva em Deus produz excelentes obras (Tg 2.14-26). Foi o que aconteceu com Rute. Ela era trabalhadora, ganhava o sustento para si e para sua sogra (Rt 2.7,18,23), virtuosa (Rt 3.11), obediente (v. 5), amorosa (v. 15), companheira (Rt 2.11), humilde (v. 13), generosa (vv. 17,18). É importante observar o testemunho que outros davam dela (vv. 6,11,12). Devemos viver de tal modo que tenhamos o bom reconhecimento de todos (1 Tm 3.7)!
Grande foi a recompensa de Rute por sua fidelidade. Podemos ver isto:
a) No plano de Deus para sua vida - Deus tem um plano para cada um de nós, quando estamos em comunhão com Ele. Com Rute, podemos ver a mão de Deus conduzindo-a em tudo: a felicidade de trabalhar com Boaz (Rt 2.5); o tratamento diferenciado dele para com ela (vv. 8,9); o fato de ela ter achado graça diante de seus olhos, e ter sido convidada por ele a comer junto com seus segadores (vv. 14-16).
b) No plano de Noemi para ajudá-la - Quando Noemi soube do encontro de Rute com Boaz, ela traçou um plano, instruindo Rute sobre como deveria proceder, de modo a atrair a atenção dele, sem também mostrar-se uma mulher vulgar (Rt 3.1-4).
c) No seu remidor - Boaz era primo de Elimeleque, marido de Noemi (Rt 2.1). Portanto, deveria ser, de acordo com as leis judaicas, o remidor (Lv 25.25,47).
d) No seu casamento - Boaz, cujo nome significa “força”, era um homem valente (Rt 2.1), poderoso (v. 1) e confiante em Deus (vv. 4,12). Deveria ser bem maduro, e era solteiro. Rute, embora viúva, provavelmente tivenha, na época, vinte e cinco anos, pois que, na antiguidade, as mulheres casavam-se muito jovens. Boaz tencionava ser o remidor de Rute, e depois desposá-la (Rt 4.1-13).
e) No nascimento de seu filho - Grande foi sua recompensa e honra. O filho do casal, Obede, foi avô paterno de Davi (v. 22). Desta maneira, Rute está mencionada na genealogia de Jesus (Mt 1.5).
f) Na bênção que trouxe a Noemi - A bênção na vida de Rute foi muito grande, e dela Noemi participou. Ela, que havia ficado destituída de seu esposo e filhos, e também empobrecida (Rt 1.1-5,21, 3.17), terminou seus dias feliz, segura de si, radiosa de esperança (Rt 4.13-17). Deus a provou intensamente (Rt 1.13,20), porque tinha um propósito todo especial para sua vida.
Muitos são os detalhes, que envolvem a vida de Rute, que são figuras plenas da salvação que experimentamos em Cristo. Vejamos:
1)  Ela deixou sua família e seu país. Assim também nós devemos renunciar tudo para seguirmos a Jesus (Mc 10.28-31).
2)   Aceitou o povo e o Deus de Israel. Nós aceitamos a Jesus (Jo 1.12) e à doutrina do modo de viver do povo de Deus (Rm 6.17).
3)  Foi convidada para sentar-se à mesa com Boaz. Nós fomos convidados para participar do banquete da salvação de Jesus (Lc 14.15-24; Ap 3.20)
4)  O fato de ser gentia não a impediu de ser recebida. Na salvação de Jesus, desaparecem raça, cor, sexo, etc (Ef 2.11-17; Cl 3.11).
5)  Ela saiu de Moabe e veio a Belém. Nós saímos de um mundo perdido para virmos a Belém, cujo significado é “casa de pão”, ou seja, para sermos alimentados espiritualmente (Mt 4.4; Jo 6.48-51).
6)  Duas pessoas disputavam por Rute (Rt 3.12,13; 4.1-6). Na nossa vida, também há dois senhores (Mt 6.24), ou seja, Satanás, que deseja nos arruinar (Jo 10.10), e Jesus, que nos concede a sua gloriosa paz (Jo 14.27).
7)  Rute ficou comprometida com Boaz. A Igreja é a Noiva de Cristo (2 Co 11.4), e tem um compromisso de ser fiel a Ele (Ap 2.10), pois o aguarda a qualquer momento (Mt 25.1-13).
8) Boaz remiu Rute e casou-se com ela. Nós fomos remidos com o precioso sangue de Cristo (1 Pe 1.18,19) e, um dia, pelo Arrebatamento, encontrar-nos-emos com Ele nos ares (1 Ts 4.13-18). Nós, a Noiva do Cordeiro, seremos a sua esposa (Ap 19.6,7,9), e estaremos sempre com Ele.
Vivamos uma vida de inteira fidelidade a Deus, à sua Igreja, aos irmãos e à sociedade, a fim de que o galardão prometido aos que assim procedem seja uma realidade em nossa vida presente e futura.

Trechos extraídos da Lição 8 da revista “Aprendendo com os erros e acertos dos servos de Deus” - 2º Trimestre de 1996

(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)

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MICA, O IDÓLATRA

Por Unknown | 0 comentários
22 de agosto de 2015

“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1 Jo 5.21).

A idolatria é uma abominação perante Deus, e cega completamente o ser humano com relação às coisas espirituais.

A história de Mica, cujo nome significa “Quem é semelhante a Jeová?”, traz às nossas vidas lições preciosas. Nela descobrimos o efeito nocivo que a idolatria produz na vida do ser humano, levando-o a tornar-se cego no tocante às coisas espirituais, dando, assim, origem a doutrinas heréticas.
Após a morte de José, Israel ficou sem um líder nacional (Jz 17.6, 18.1, 19.1, 21.25), pelo espaço de trezentos anos. Essa era época dos juízes, os quais Deus levantava, principalmente, nas emergências, para livrar o povo dos invasores e defender a justiça civil. A geração daquela época não conhecia o Senhor e entrara pelo caminho da idolatria (Jz 2.10-13); mas, quando clamavam por libertação, o Todo-Poderoso lhes levantava um juiz, para livrá-los. Essa foi uma época em que Deus provou a nação; porém, ela foi influenciada pelas nações vizinhas, praticando seus costumes e sua idolatria. Devemos influenciar o mundo, e não ser influenciado por ele (Jr 15.19; 2 Co 2.14-16; 2 Pe 2.19-22).
A idolatria reinante na nação havia contaminado a casa de Mica (Jz 18 - 19). Vejamos:
1)  Ele roubou sua mãe (Jz 18.2) - Era uma quantia razoável. O mais lamentável ainda é que, ao devolver o qual furtara da mãe, Mica foi elogiado por ela como se fosse abençoado pelo Senhor. Mas os pais devem corrigir seus filhos (Pv 10.17, 15.5, 19.18, 22.15).
2) Sua mãe mandou fazer uma imagem (v. 4) - Que infelicidade! O maior tesouro que os pais podem dar aos filhos é criá-los no caminho do Senhor (Pv 22.6; Ef 6.4), e dar-lhes educação e preparação para a vida (2 Co 12.14). Ídolo é tudo o que ocupa o primeiro lugar em nossas vidas. Existem os feitos pelos homens, como vimos nesta lição, mas também há os do coração do ser humano, como o dinheiro, o “eu”, as pessoas e as coisas. Devemos adorar somente a Deus (Mt 4.10).
3)  A residência de Mica tornou-se uma casa de deuses (v. 5) - Ela possuía:
· Deuses - sua casa estava cheia de divindades falsas.
· Terafins - eram ídolos domésticos, que iam desde aqueles de pequenas dimensões (Gn 31.34,35), até os de tamanho quase natural (1 Sm 19.13,16). Esses eram possuídos pelo líder do lar, e destinavam-se à descoberta dos acontecimentos do futuro (2 Rs 23.24). Que Deus nos guarde de entrarmos por este triste caminho! O adivinhador é guiado por um espírito maligno que o domina (At 16.16-18).
4) Consagrou um filho ao sacerdócio (vv. 10,11) - Conforme a determinação de Deus, o sacerdote deveria ser um levita e passar pelo processo de purificação e consagração do sumo sacerdote, para exercer o seu ministério (Nm 8.5-26). Nada disto ocorreu com o “filho” de Mica. Foi uma atitude isolada, paternal e exclusivista. Tudo foi feito erradamente. Infelizmente, vemos isto acontecer hoje em alguns lugares, onde pessoas não chamadas são colocadas em posição de destaque na igreja, somente porque são parentes o “apadrinhadas” de um líder.
Todo erro conduz a outro maior (Sl 42.7). Isto aconteceu com Mica. Apareceu em sua casa um mancebo, de Belém de Judá, levita, cujo nome era Jônatas (Jz 18.30). Mica o convidou para ser sacerdote de sua casa, prometendo-lhe um bom salário (Jz 17.7-12). Foi outro erro cometido, devido ao fato de que:
a) O levita era um aventureiro - Estava peregrinando para um lugar onde achasse comodidade (vv. 7-9). Não tinha alguma responsabilidade.
b) Não podia ser separado - Razões: 1) era mancebo; 2) as funções sacerdotais só poderiam ser exercidas a partir dos vinte e cinco anos de idade (Nm 8.24); 3) não passou pelo processo de público, exigido para a purificação e consagração pelo sumo sacerdote (vv. 5-22); 4) não podia oficiar sobre um sistema separado de adoração, com exclusividade (v. 19); 5) não era da família de Arão (Nm 3.1-16); 6) Deus sempre chamou pessoas que estavam ocupadas para a sua obra (Êx 3.1-3; Jz 6.11; 1 Rs 19.19).
Naqueles dias, os danitas buscavam para si uma herança maior. Eles passaram pela casa de Mica, onde conheceram o seu sacerdote, e consultaram-no nesse sentido, para saberem se estavam certos em sua empreitada. Diante de uma resposta favorável do levita, prosseguiram em seu caminho. Conquistaram a região de Laís, passaram novamente pela casa de Mica e levaram todas as imagens e deuses ali existentes, e também o sacerdote, para o local a que se destinavam (Jz 18.14-31). Como um fermento que leveda toda a massa (1 Co 5.6), assim ocorreu. Começou com Mica e espalhou para todo o povo. A tendência do mal a espalhar-se rapidamente (Hb 12.15). Tudo aconteceu conforme a palavra do sacerdote, porque era propósito de Deus que a terra fosse conquistada pelo seu povo (Js 1.3-5; Jz 18.10), e não para confirmar a mensagem dele. Sua vida nos leva a pensar sobre o poder de alguns homens para atrair a atenção de outros, levando a crer em suas formas deturpadas de adoração. É nisto que começa uma seita herética, que, através dos tempos, tem se propagado no meio do povo de Deus (Jz 18.6,9,10,27-29). É nesse ponto que muita gente se engana. Nem sempre ocorre um sinal, ou comprimento de uma palavra, para confirmar que o instrumento utilizado estava na vontade de Deus. Isto vemos no caso de Moisés, que não fez conforme a direção divina, mas, por seu intermédio, aconteceu um milagre (Nm 20.7-13). Nestes últimos tempos têm surgido falsos profetas, que fazem muitos prodígios de mentira (Mt 24.24; 2 Ts 2.9). Devemos, no entanto, provar todas as manifestações ditas espirituais através de 1) base bíblica (Pv 30.5,6; Ap 22.18,19), 2) a consciência espiritual da igreja (1 Co 2.16), e 3) o cumprimento do que foi dito (Dt 18.22; Nm 23.19).
Vivamos de tal modo que não tenhamos algum ídolo feito pelos homens, e nem pelo nosso coração, tendo apenas Jesus como centro de toda nossa atenção; Ele que é o nosso Deus bendito eternamente, e a quem pertence toda a glória.

Trechos extraídos da Lição 7 da revista “Aprendendo com os erros e acertos dos servos de Deus” - 2º Trimestre de 1996


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JEFTÁ, O JUIZ PRECIPITADO

Por Unknown | 0 comentários
21 de agosto de 2015

“Assim como não é bom ficar a alma sem conhecimento, peca aquele que se apressa com seus pés” (Pv 19.2).

A precipitação leva o homem a colher tristes resultados em sua vida.

Jeftá foi o nono juiz em Israel. Após a morte de seu antecessor, os israelitas, por causa de sua idolatria, deixaram o Senhor, que permitiu que fossem entregues os amonitas, ficando oprimidos por eles por cerca de dezoito anos. Diante disso, clamaram a Deus, confessaram-lhe o seu pecado, tiraram os seus ídolos e voltaram a servir ao Todo-Poderoso (Jz 10.6-16).
Jeftá, que significa “Deus abre”, era filho de Gileade com uma prostituta (Jz 11.1). O vocábulo “Gileade” aparece na Bíbla como:
a) Pessoa - Era neto de Manassés e deu origem aos gileaditas (Nm 26.29,30). Jeftá pertencia a esta família (Jz 1.11,40, 12.7),
b)   Lugar - Era uma região montanhosa, a leste do rio Jordão.
Os irmãos de Jeftá, por parte de pai, aborreciam-no pelo fato de ser ele filho de uma prostituta, e, assim, não queriam que participasse da herança deixada por Gileade. A sociedade local também o aborrecia e repelia. Tais fatos levaram-no a se retirar daquela região para as terras de Tobe (Jz 11.2,3,6,7). Portanto, foi banido do meio de seu povo. Ele refugiou-se em Tobe, onde tornou-se chefe de um bando de homens cruéis que o acompanhavam. Foi no decorrer deste período que ele adquiriu suas habilidades violentas, que mais tarde foram colocadas a serviço da libertação de Israel.
Sua convocação deveu-se, principalmente, aos seguintes aspectos:
1)  Suas características - Ele era valente e valoroso (v. 1), decidido (vv. 9-11), e reconhecia a soberania de Deus em tudo (vv. 10,30).
2)  Sua escolha - Foi uma escolha de Deus (1 Sm 12.11), em resposta à oração do povo (Jz 10.15,16). Para liderar os israelitas contra o inimigo, era necessário um homem que tivesse as qualidades de Jeftá. Daí, a escolha dos anciãos de Gileade recair sobre ele, e foram busca-lo em Tobe. Ele retornou para sua terra, a fim de ser o cabeça e o libertador do povo (Jz 11.9-11).
3) Sua estratégia para a pacificação - Ainda que valente, procurou o caminho da negociação, do diálogo; porém, seus esforços diplomáticos redundaram em nada (vv. 12-28). Em tudo vemos em Jeftá uma liderança eficaz, intensa, de caráter e vontade definidos, e de um vasto conhecimento bíblico.
4) Sua unção - Ele era cheio do Espírito Santo. Movido por este poder, ele percorreu grande parte do território de Gileade e Manassés, para o reconhecimento da área e arregimentação do exército que enfrentaria os inimigos. O Espírito de Deus vem sobre nossas vidas a fim de nos capacitar para realização da obra do Senhor (Zc 4.6; At 1.8).
Anelando pela vitória, Jeftá precipitou-se e fez um voto absurdo. Ele prometeu que, se fosse vitorioso, ofereceria em holocausto quem saísse de sua casa ao seu encontro, quando ele retornasse do campo de batalha. Consideremos que:
· Ele não era obrigado a fazer o voto (Dt 23.22), pois não havia alguma exigência a respeito;
· O voto era desnecessário, pois Deus o havia escolhido para libertar o seu povo;
· Ninguém podia oferecer a Deus algo que não lhe pertencesse (Lv 27.26-30). A Bíblia nos admoesta sobre votos precipitados (Ec 5.5,6; Pv 20.25).
Jeftá, ao regressar à sua casa, foi recebido por sua filha, com muita alegria, em comemoração ao êxito de seu pai. Ele sentiu-se, então, derrotado. Comunicou-lhe o voto que fizera, e ela pediu-lhe dois meses de vida, para chorar a sua virgindade com as amigas. Os dois terríveis meses se passaram e o sacrifício foi consumado. Consideremos:
a) Deus não lhe deu a vitória por causa do voto, pois não aceita tais ofertas. Sacrifícios humanos jamais foram tolerados por Deus, pois Ele proibiu (Dt 12.30,31, 18.10; Sl 106.37,38).
b) Embora a lei do voto exigisse o seu fiel cumprimento (Nm 30.2; Ec 5.4,5; Jó 22.27; Sl 76.11), havia nela exceções, como o juramento irrefletido de uma filha ou esposa, que poderia ser anulado por seu pai ou esposo, respectivamente (Nm 30.3-16), e era perdoado pelo Senhor, ficando desobrigada do seu cumprimento.
Após a vitória contra os amonitas, Jeftá precisou lutar contra os perturbadores efraimitas, no lado ocidental do rio Jordão. Deus, mais uma vez, concedeu-lhe uma grande vitória. Depois disso, ele julgou Israel apenas seis anos e faleceu, sendo sepultado em Gileade (Jz 12.7).
A precipitação-leva nos errar o caminho (Pv 19.2), e à pobreza (Pv 21.5), e a julgar erradamente (Sl 116.11). Precisamos pedir sabedoria a Deus, para que nossos atos não sejam precipitados, não somente diante dos homens, mas também perante o Senhor (Ec 5.2).

Trechos extraídos da Lição 6 da revista “Aprendendo com os erros e acertos dos servos de Deus” - 2º Trimestre de 1996

(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)
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