Pecar é desconsiderar Deus, ignorar seus
ensinamentos, negar suas bênçãos. Pecar é viver sem Deus. A vida do pecador é
centrada no eu, e não em Deus. Não foi essa a escolha de Adão e
Eva? Antes de seu pecado, eles habitavam em um mundo sem medo. Apenas um com a
criação, um com Deus, um com o outro. O Éden era um “m-um-do” maravilhoso com
apenas um mandamento: não toque na árvore do conhecimento. Adão e Eva tinham
uma escolha e, a cada dia, eles escolhiam confiar em Deus. Mas aí veio a
serpente, semeando a dúvida e oferecendo um acordo melhor. “Foi isto mesmo que
Deus disse...”, questionou (Gn 3:1). “Vocês, como Deus”, ofereceu (v. 5).
De uma hora para outra, Eva passou a ter medo.
Alguns dizem que ela foi orgulhosa, rebelde, desobediente... mas antes disso
ela não teve medo? Medo de que Deus não estivesse dando tudo, de que ela
estivesse perdendo alguma coisa? Medo de que o Éden não fosse o bastante? De que
Deus não fosse salvá-los? Eva parou de confiar em Deus e tomou o assunto – o fruto
– em suas próprias mãos. “Só para o caso de Deus não conseguir, eu conseguirei”.
Adão a seguiu. Adão e Eva não souberam lidar com o medo, e o medo os derrotou.
Então, eles fizeram o que fazem as pessoas que têm medo. Correram para se
defender. “Esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim.
Mas o Senhor Deus chamou o homem, perguntando: ‘Onde está você?’ E ele respondeu:
‘Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo’” (vv. 8b-10a).
O medo, se não cuidado, leva ao pecado. Como todos
nós já pecamos, todos nos escondemos. Evitamos contato com Deus. Estamos
convencidos de que Deus deve odiar nossas tendências más. Com certeza estamos.
Se nosso pecado nos dá náuseas, ele deve enojar ainda mais um Deus santo!
Chegamos a uma conclusão prática: Deus está irreparavelmente zangado conosco.
Sim, nós decepcionamos Deus. Mas não, Deus não nos
abandonou.
Pois
ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu
Filho amado (Colossenses 1:13).
...
todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o
ressuscitarei no último dia. (João 6:40)
Jesus nos ama demais para nos deixar em dúvida em
relação à sua graça. Seu “perfeito amor expulsa o medo” (1 João 4:18). Se Deus
amasse com um amor imperfeito, teríamos grandes motivos para nos preocupar. O
amor imperfeito mantem uma lista de pecados e a consulta o tempo todo. Deus não
mantém uma lista dos nossos erros. Seu amor expulsa o medo porque ele expulsa o
nosso pecado!
“Sou
eu, eu mesmo, aquele que apaga suas transgressões, por amor de mim, e que não se
lembra mais de seus pecados.”
(Isaías 43:25)
(Max
Lucado)
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