Há muitas
razões para ajudar as pessoas necessitadas. Mas, para o cristão, nenhuma razão
é maior do que esta: quando amamos os necessitados, estamos amando Jesus. É um
ministério que está além da compreensão da ciência, uma verdade que sobrepuja
as estatísticas. Mas é uma mensagem que Jesus deixou claro: quando os amamos,
amamos a Jesus.
Esse é o
tema do seu sermão final. A mensagem que Jesus guardou para o fim. Ele deve
querer que isso fique registrado na nossa consciência. Ele descreveu a cena do julgamento
final. O último dia, o grande dia do Juízo Final. Nesse dia, Jesus irá dar uma
ordem e irresistível. Todos virão. De navios naufragados a cemitérios
esquecidos, todos virão. De túmulos régios a campos de batalha, todos virão. De
Abel, o primeiro a morrer, até a pessoa que está sendo enterrada naquele
momento, Jesus chama; cada ser humano da história estará presente.
Todos os
anjos estarão presentes. Todo o universo celestial testemunhará acontecimento. Um
desfecho surpreendente. Jesus, em algum momento, “separará umas das outras como
o pastor separa as ovelhas dos bodes” (Mateus 25:32). Os pastores fazem isso. Caminham
pelo rebanho e direcionam, um por um, bodes por um lado e ovelhas para o outro.
Mas como
Jesus separa as pessoas?
Jesus dá a
resposta. Os do lado direito, as ovelhas, serão aqueles que o alimentaram
quando ele sentiu fome, que lhe trouxeram água quando teve sede, que lhe deram abrigo
quando estava sozinho, roupa quando estava nu e conforto quando estava doente ou
preso. O sinal dos salvos é a preocupação deles para com os necessitados. A
compaixão não os salva - nem a nós. A salvação é obra de Cristo. A compaixão é
a consequência da salvação.
Jesus vai
contar, um por um, todos os atos de bondade. Toda ação realizada para melhorar
a situação do outro. Mesmo as menores. Na verdade, todas parecem pequenas. Dar
água. Oferecer comida. Dividir o guarda-roupa. Como Crisóstomo observou: “Não
ouvimos: ‘Eu estava doente você me curou’; nem: ‘Eu estava na prisão e
você me libertou’”. As obras de misericórdia são ações simples. No
entanto, nessas ações simples estamos servindo a Jesus. Esta verdade é surpreendente:
servimos a Cristo quando servimos às pessoas carentes.
A igreja de
Jerusalém a entendeu. De que outra forma podemos explicar sua explosão pelo
mundo? Nós só refletimos sobre algumas de suas histórias. O que começou no dia
de Pentecostes com 120 discípulos se espalhou pelos quatro cantos do mundo.
Antioquia. Corinto. Éfeso. Roma. O livro de Atos, diferentemente de outros
livros do Novo Testamento, não tem conclusão. Isso porque o trabalho e não foi
concluído.
Ninguém pode
ajudar todo mundo, mas todos podem ajudar alguém. E, quando os ajudamos,
estamos servindo a Jesus.
Quem gostaria de perder a chance de
fazer isso?
“Então
dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí
por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque
tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era
estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e
visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.”
(Mateus
25:34-36)
Trecho
do livro “Faça a Vida Valer a Pena”, de Max Lucado
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