“Porque o mesmo
Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de
Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Ts 4.16).
Os mortos ressuscitarão primeiro, e nós, os que estivermos vivos,
seremos transformados em um abrir e fechar de olhos, no momento da vinda de
Jesus.
A primeira vinda de Jesus - Jesus veio a
primeira vez, em cumprimento da promessa dada por Deus no dia da queda do homem
no Jardim do Éden (Gn 3.15). Cristo veio e venceu! Ele findou a sua luta no
Calvário, com o brado: “Está consumado!” (Jo 19.30). O Pai confirmou que a sua
morte tinha valor expiatório (At 10.40-43), ao ressuscitá-lo dos mortos. Cristo
veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem (Hb 5.9). Quando
Jesus, cumprida a sua missão, despediu-se dos seus discípulos, falou-lhes a
respeito de sua segunda vinda (Jo 14.1-3). Na sua ascensão, ao ser levado às
alturas, apareceram dois anjos, os quais disseram aos discípulos que
continuavam a olhar para o alto: “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em
cima no céu, há de vir, assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11).
A segunda vinda de Jesus - A Bíblia afirma,
de modo muito claro, que Jesus aparecerá
segunda vez (Hb 9.28). Ele virá no seu corpo ressuscitado e glorificado (Fp
3.21), acompanhado de seus anjos (1 Ts 4.14-17). A segunda vinda de Jesus
acontecerá em duas etapas. Na primeira, Ele virá antes da Grande Tribulação,
como um relâmpago (Lc 17.24), num abrir e fechar de olhos (1 Co 15.52), sem ser
percebido pelo mundo. E retornará no término da Grande Tribulação, em grande
glória, acompanhado de sua Igreja, a qual foi arrebatada antes dos sete anos de
tormento. Desta vez, todo olho o verá (Ap 1.7). Através dos sinais dos tempos
podemos compreender tão-somente que o retorno de Jesus está às portas (Mt
24.33). Porém, não é possível prever nem
o dia e nem a hora. Cristo mesmo disse, várias vezes: “Não sabeis a que
hora há de vir o vosso Senhor” (v. 42). Deste modo, fica bem claro que não
adianta fazer cálculos, pesquisas e prognósticos, nem crer em visões, profecias
ou sonhos a respeito deste dia. A Palavra de Deus encerra esta questão ao
afirmar, de modo categórico: “Porém, daquele dia e hora ninguém sabe” (v. 46). No momento da vinda de Cristo, pelo
menos quatro eventos serão registrados:
a) A primeira ressurreição - É também chamada
de “a ressurreição dos justos” (Lc 14.14). Diferente da outra, quando todos os
mortos, desde o princípio, ressuscitarão para o julgamento final (Ap 20.11-15).
Jesus falou das duas em João 5.28,29. “Muitos
dos que dormem no pó da terra ressuscitarão” (Dn 12.2). Esse texto bíblico
lembra a origem do homem. O corpo humano foi criado por Deus do pó da terra (Gn
2.7). O sopro divino lhe deu alma e espírito, e foi feito “alma vivente” (v. 7).
Estes dois elementos formam o chamado “homem interior” (2 Co 4.16; Ef 3.16). Eles
são indissociáveis, tanto na vida como na morte. Quando o salvo morre, a alma e
o espírito deixam o corpo e vão para o Paraíso (Lc 23.43), onde, em estado
consciente, aguardam a ressurreição. O corpo volta ao pó, de onde foi tomado
(Ec 3.20, 12.7), até que seja ressuscitado (Dn 12.2). “Os mortos ouvirão a sua voz” (Jo 5.28-32). O Espírito de Deus executará
a ressurreição (Rm 8.11; 1 Co 6.14; e Co 4.14). Ele é Onisciente e, portanto,
sabe onde está algo pertencente ao corpo de cada pessoa que morreu salva. O seu
toque naquela partícula do pó fará com que, num só momento, dali se levante um
corpo glorioso, como o de Jesus (Fp 3.21). A alma e o espírito que, no Paraíso,
aguardavam a ressurreição, entram agora no corpo ressuscitado, que é, de
imediato, arrebatado.
b) O Arrebatamento dos salvos que estiverem vivos naquele momento – Estes serão, pela operação do Espírito Santo, serão, num abrir e
fechar de olhos, transformados, ao receberem um corpo espiritual e imortal (1
Co 15.52,53), e serão, no mesmo instante, arrebatados (1 Ts 4.17). Encontrarão, nas nuvens, a multidão que acaba de
ressuscitar, e, juntos, irão ao encontro do Senhor!
c) O Tribunal de Cristo - Todos os que forem arrebatados comparecerão
diante do Tribunal de Cristo, onde cada um receberá o seu galardão, segundo
a sua obra (Ap 22.12). A recompensa não será dada conforme o título que alguém
teve de acordo com o cargo que ocupou aqui na Terra, mas mediante a obra que
cada um realizou (Is 3.10; Mt 16.27). A
obra de cada um será provada pelo Espírito Santo, o fogo de Deus. Se aquilo
que foi realizado tem valor permanente (semelhante ao ouro, à prata e a pedras
preciosas, isto é, feito com material não perecível), ou se o que foi elaborado
nada vale (semelhante à madeira, ao feno e à palha, isto é, feito com material
perecível), será manifestado pela operação do Espírito Santo. As obras feitas
com o que é imperecível permanecerão, enquanto que as realizadas com algo de
nenhum valor serão consumidos pelo fogo de Deus. Aqueles cujas obras suportarão
a prova pelo fogo, receberão o galardão (1
Co 9.24,25; 2 Tm 4.8; 1 Pe 5.4; Ap 2.10). Os que não tiverem direito à
recompensa sentirão tristeza, e lembrar-se-ão de como eles, na Terra, tiveram
muitas oportunidades de servir a Jesus de modo melhor. Todavia, estão no céu, o
que é uma graça indizível.
d) As Bodas do Cordeiro - Nas Bodas do Cordeiro
estarão presentes todos os que têm seu nome no Livro da Vida (Hb
12.23). Além dos alvos a partir da obra expiatória de Jesus, incluem-se todos
os do Antigo Testamento, pois a morte de Cristo tem poder retroativo de salvar
os que temeram a Deus, desde Adão (Jo 19.25). Jesus, então, apresentará ao Pai
a sua amada Igreja. Ele disse que faria menção a Deus dos nomes daqueles que o
confessassem diante dos homens (Mt 10.32; Lc 12.8,9; 1 Tm 6.12,13; 2 Tm 1.8; 1
Jo 4.15). Não se sabe como serão essas
bodas, pois elas pertencem às “coisas que o olho não viu, e o ouvido não
ouviu, e não subiram ao coração do homem, preparadas por Deus para aqueles que
o amam”.
A noiva de Jesus,
agora para sempre com o Senhor (1 Ts 4.17), participará da ceia das Bodas do Cordeiro
(Ap 19.9), e será apresentada como a Esposa de Cristo (Ap 21.9). “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa
da vida” (Ap 2.10). Amém!
Trechos extraídos da Lição 10 da revista “Daniel, estadista e profeta” -
3º Trimestre de 1995
(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)
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