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JÓ, O SOFREDOR RESIGNADO

Por Unknown | 0 comentários
29 de agosto de 2015

“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28a).

Devemos nos manter fiéis às provações a que somos submetidos, pois conduzem-nos a bênçãos mais profundas.

A história de Jó é uma das mais comoventes da Bíblia. Nela descobrimos a origem e a finalidade dos sofrimentos. Ela nos revela o caráter e os objetivos do adversário do ser humano, Satanás; porém, em contrapartida, também revela um Deus soberano, Todo-Poderoso, e que, no seu propósito para nossas vidas, além de não permitir que a provação vá além do que possamos suportar (1 Co 10.13), sempre propicia um final feliz para os que são fiéis na tribulação (Dt 8.16; Tg 1.12). A história de Jó tem sido motivo de consolação para os que sofrem. Não se trata de um mito, e sim de um fato real que serviu de referência para outros autores bíblicos, como Ezequiel (Ez 14.14,20) e Tiago (Tg 5.10,11). Estes acontecimentos se deram em Uz (Jó 1.1), que alguns localizam a leste de Edom (Gn 10.23, 36.28; Jr 25.20; Lm 4.21), provavelmente a Noroeste da Arábia.
O próprio Deus testemunhou a Satanás do caráter de Jó (Jó 1.8). O importante na vida do ser humano não é o que os outros dizem dele, e sim o que o Senhor fala a seu respeito. A respeito de Jó, o Todo-Poderoso disse que ele era:
1)  Sincero - “Aquele que se exprime sem artifício, sem intenção de enganar, de disfarçar seu procedimento”. Foi e é a primeira coisa que Deus observa na existência do homem.
2)  Reto - “Íntegro, imparcial, conforme a justiça”.
3)  Temente - Não é ter medo de Deus, e sem receio de pecar contra Ele. É pensar antes de agir.
4)  Vigilante/Pacífico - “Afastava-se do mal” (v. 8). Desviava-se do mal, era pacífico.
5)  Cuidadoso com a família (vv. 4,5) - Como pai, exercia um verdadeiro sacerdócio sobre a sua casa, intercedendo por todos os familiares pelas madrugadas. Que exemplo notável para os chefes de família!
6) Desprendido (v. 3) - Não obstante ser um homem riquíssimo, seu coração não estava preso estas coisas. As riquezas não são impedimentos para se servir ao Senhor, e sim o amor a elas (1 Tm 6.10).
O acusador de Jó era Satanás, um ser maligno com todas as características de uma pessoa. É um querubim expulso do Céu (Ez 28.16). Seu serviço é acusar. Ele ainda conserva um relativo acesso a Deus, para nos denunciar. É chamado de Acusador (Ap 12.10). Sua atuação é “rodear a terra” (Jó 1.7). Ele é chamado de príncipe deste mundo (Jo 12.31, 14.30, 16.11). Satanás não pode tocar na vida do crente, a não ser com a permissão de Deus (Jó 1.12, 2.6; 1 Jo 5.18). Em sua soberania, o Senhor permitiu que Jó fosse provado, para mostrar a Satanás que o homem, o qual confia no seu Criador, pode perder todas as coisas aqui na Terra, mas jamais deixa de confiar em Deus (2 Tm 4.7).
Após a permissão de Deus, começa a provação de Jó. Satanás entrou em ação e, de um momento para outro, Jó perdeu toda a sua riqueza (Jó 1.12-17). Nem bem havia descansado das informações da perda dos bens materiais, logo chegou a péssima notícia da morte de todos os seus filhos (vv. 18,19). O Senhor permitiu a Satanás tocar no corpo do seu servo, à exceção da sua vida (v. 6). Jó já havia perdido tudo. Somente lhe responde a esposa, e esta, em vez de compartilhar com ele a perda de tudo, e ser solidária em sua doença, o incentivou a amaldiçoar Deus e morrer (vv. 9,10). Diante de terrível situação em que ele se encontrava, tanto os parentes como os amigos afastaram-se dele (Jó 17.6, 19.13-19, 30.9-12). Demonstrou uma comovente submissão ao sofrimento, embora desconhecesse os motivos (Jó 1.22, 2.10, 19.25,26). A principal lição do sofrimento de Jó é que nunca somos provados além do que podemos suportar (1 Co 10.13), e tudo concorre para o nosso bem (Rm 8.28).
Enfim, Deus mudou o cativeiro de Jó. Ele repreendeu a seus amigos (Jó 42.7-17), que diziam que o amigo estava naquela situação porque pecara contra o Senhor. Então Jó pediu o testemunho de Deus sobre sua inocência (Jó 13.22-24, 31.6,7). Ele disse que solicitassem a oração de Jó (Jó 42.8,9), o que ele fez, provando não ter algum ressentimento contra eles, e o Senhor ouviu a petição de seu servo. Quando ele orava pelos seus amigos, Deus repreendeu a sua enfermidade (v. 10). É o Senhor quem nos dá saúde (Mt 8.7; At 9.34; 3 Jo 2), pois dele vem toda boa dádiva (Tg 1.17). Ele lhe deu em dobro tudo quanto dantes possuía (Jó 42.10-12). Deu-lhe outros sete filhos e três filhas, as mais formosas que havia na Terra (Jó 42.13-15), e restabeleceu seus amigos e parentes (v. 11).
Nada do que acontece em nossa vida é obra do acaso ou coincidência. O Senhor é quem nos dirige, de modo que, muitas vezes, não entendemos o porquê das coisas em nossa existência. Mas, mesmo assim, devemos confiar em Deus. “Em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, Senhor, nunca desamparaste os que te buscam” (Sl 9.10).

Trechos extraídos da Lição 13 da revista “Aprendendo com os erros e acertos dos servos de Deus” - 2º Trimestre de 1996

(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)

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