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JEFTÁ, O JUIZ PRECIPITADO

Por Unknown | 0 comentários
21 de agosto de 2015

“Assim como não é bom ficar a alma sem conhecimento, peca aquele que se apressa com seus pés” (Pv 19.2).

A precipitação leva o homem a colher tristes resultados em sua vida.

Jeftá foi o nono juiz em Israel. Após a morte de seu antecessor, os israelitas, por causa de sua idolatria, deixaram o Senhor, que permitiu que fossem entregues os amonitas, ficando oprimidos por eles por cerca de dezoito anos. Diante disso, clamaram a Deus, confessaram-lhe o seu pecado, tiraram os seus ídolos e voltaram a servir ao Todo-Poderoso (Jz 10.6-16).
Jeftá, que significa “Deus abre”, era filho de Gileade com uma prostituta (Jz 11.1). O vocábulo “Gileade” aparece na Bíbla como:
a) Pessoa - Era neto de Manassés e deu origem aos gileaditas (Nm 26.29,30). Jeftá pertencia a esta família (Jz 1.11,40, 12.7),
b)   Lugar - Era uma região montanhosa, a leste do rio Jordão.
Os irmãos de Jeftá, por parte de pai, aborreciam-no pelo fato de ser ele filho de uma prostituta, e, assim, não queriam que participasse da herança deixada por Gileade. A sociedade local também o aborrecia e repelia. Tais fatos levaram-no a se retirar daquela região para as terras de Tobe (Jz 11.2,3,6,7). Portanto, foi banido do meio de seu povo. Ele refugiou-se em Tobe, onde tornou-se chefe de um bando de homens cruéis que o acompanhavam. Foi no decorrer deste período que ele adquiriu suas habilidades violentas, que mais tarde foram colocadas a serviço da libertação de Israel.
Sua convocação deveu-se, principalmente, aos seguintes aspectos:
1)  Suas características - Ele era valente e valoroso (v. 1), decidido (vv. 9-11), e reconhecia a soberania de Deus em tudo (vv. 10,30).
2)  Sua escolha - Foi uma escolha de Deus (1 Sm 12.11), em resposta à oração do povo (Jz 10.15,16). Para liderar os israelitas contra o inimigo, era necessário um homem que tivesse as qualidades de Jeftá. Daí, a escolha dos anciãos de Gileade recair sobre ele, e foram busca-lo em Tobe. Ele retornou para sua terra, a fim de ser o cabeça e o libertador do povo (Jz 11.9-11).
3) Sua estratégia para a pacificação - Ainda que valente, procurou o caminho da negociação, do diálogo; porém, seus esforços diplomáticos redundaram em nada (vv. 12-28). Em tudo vemos em Jeftá uma liderança eficaz, intensa, de caráter e vontade definidos, e de um vasto conhecimento bíblico.
4) Sua unção - Ele era cheio do Espírito Santo. Movido por este poder, ele percorreu grande parte do território de Gileade e Manassés, para o reconhecimento da área e arregimentação do exército que enfrentaria os inimigos. O Espírito de Deus vem sobre nossas vidas a fim de nos capacitar para realização da obra do Senhor (Zc 4.6; At 1.8).
Anelando pela vitória, Jeftá precipitou-se e fez um voto absurdo. Ele prometeu que, se fosse vitorioso, ofereceria em holocausto quem saísse de sua casa ao seu encontro, quando ele retornasse do campo de batalha. Consideremos que:
· Ele não era obrigado a fazer o voto (Dt 23.22), pois não havia alguma exigência a respeito;
· O voto era desnecessário, pois Deus o havia escolhido para libertar o seu povo;
· Ninguém podia oferecer a Deus algo que não lhe pertencesse (Lv 27.26-30). A Bíblia nos admoesta sobre votos precipitados (Ec 5.5,6; Pv 20.25).
Jeftá, ao regressar à sua casa, foi recebido por sua filha, com muita alegria, em comemoração ao êxito de seu pai. Ele sentiu-se, então, derrotado. Comunicou-lhe o voto que fizera, e ela pediu-lhe dois meses de vida, para chorar a sua virgindade com as amigas. Os dois terríveis meses se passaram e o sacrifício foi consumado. Consideremos:
a) Deus não lhe deu a vitória por causa do voto, pois não aceita tais ofertas. Sacrifícios humanos jamais foram tolerados por Deus, pois Ele proibiu (Dt 12.30,31, 18.10; Sl 106.37,38).
b) Embora a lei do voto exigisse o seu fiel cumprimento (Nm 30.2; Ec 5.4,5; Jó 22.27; Sl 76.11), havia nela exceções, como o juramento irrefletido de uma filha ou esposa, que poderia ser anulado por seu pai ou esposo, respectivamente (Nm 30.3-16), e era perdoado pelo Senhor, ficando desobrigada do seu cumprimento.
Após a vitória contra os amonitas, Jeftá precisou lutar contra os perturbadores efraimitas, no lado ocidental do rio Jordão. Deus, mais uma vez, concedeu-lhe uma grande vitória. Depois disso, ele julgou Israel apenas seis anos e faleceu, sendo sepultado em Gileade (Jz 12.7).
A precipitação-leva nos errar o caminho (Pv 19.2), e à pobreza (Pv 21.5), e a julgar erradamente (Sl 116.11). Precisamos pedir sabedoria a Deus, para que nossos atos não sejam precipitados, não somente diante dos homens, mas também perante o Senhor (Ec 5.2).

Trechos extraídos da Lição 6 da revista “Aprendendo com os erros e acertos dos servos de Deus” - 2º Trimestre de 1996

(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)

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