A Paz do Senhor! Seja bem-vindo(a) ao Blog Oficial da Igreja Evangélica
Assembleia de Deus em Cidade Continental - Ministério do Ipiranga.

ELI, O SACERDOTE CONIVENTE

Por Unknown | 0 comentários
25 de agosto de 2015

“Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto” (Pv 27:5).

A disciplina aplicada no tempo e modo corretos produz resultados extraordinários e evita grandes males.

Eli era o sumo sacerdote em Siló, uma cidade cerca de quarenta quilômetros ao norte de Betel. Foi também um dos juízes de Israel durante quarenta anos (1 Sm 4.18). A situação do povo nos seus dias era crítica e se resumia e ritualismo, carnalidade e formalismo. Eli teria sido o primeiro sumo sacerdote dos descendentes de Itamar (Lv 10.1,2,12; 1 Rs 2.27; 1 Cr 24.2). Inicialmente, tudo indica que deve ter feito um bom trabalho. Porém, o final de sua administração foi comprometedor. Após a morte de Sansão, Eli atuou como juiz civil e religioso em Israel. Ele foi o décimo quarto juiz do povo. Sua permanência durante quarenta anos na função indica que pôde exercê-la com sabedoria e autoridade, grande parte desse tempo.
Com o passar dos anos, Eli perdeu o vigor espiritual e a autoridade, e tornou-se conivente com o pecado. Podemos ver isto por:
1)  Seu declínio espiritual, caracterizado pelos seguintes fatos:
a)  Juízo precipitado de Ana - Julgou que ela estivesse embriagada, quando ela derramava sua alma perante o Senhor (1 Sm 1.14-17).
b)  Deus não falava mais com ele - Não ouvia mais a voz do Senhor. Quando Deus falou com Samuel, ele ficou curioso para saber o que havia sido dito (1 Sm 3.16,17).
c)  Visão enfraquecida (1 Sm 3.2) - Não há dúvidas de que isto se refere à sua idade tão avançada. Mas podemos ir aí uma figura da perda de visão espiritual, que é pior que a física (2 Pe 2.9), pois não se percebe mais a voz de Deus (Ap 3.17,18).
d)  Velhice acentuada (1 Sm 4.15) - Sua idade pesava-lhe muito. Existem crentes velhos e velhos crentes. Crentes velhos são aqueles que, independentemente da idade, estão cansados, sem ânimo para nada, e podem trazer problemas para os outros (1 Rs 13.11-21). Velhos crentes são aqueles que sempre produzem (Sl 92.13-15).
e) Peso exagerado (v. 18) - Tinha perdido a agilidade. Em seu ministério sacerdotal, também não possuía mais a disposição para exercer sua função.
f)   Acomodado - “Deitado”, “sentado” (1 Sm 1.9, 3.2, 4.13,18), são palavras que descrevem a acomodação no plano físico. No espiritual, não podemos estar “sentados” (Sl 1.1; Lc 22.55) ou “deitados” (Ef 5.14; Pv 24.30-34), e sim “em pé pela fé” (Rm 11.20), para esperarmos Jesus (Lc 21.36).
2)  Seus filhos, em:
a)   Suas funções - Exerciam o sacerdócio junto a seu pai em Siló, mas não temiam o Todo-poderoso e nem respeitavam os homens.
b) Seus relacionamentos com Deus - Não conheciam o Senhor, isto é, não tinham comunhão com Deus (1 Sm 2.12).
c)    Seus pecados e crimes:
· Profanavam os sacrifícios (vv. 13-16), levando o povo a desprezar as ofertas do Senhor. Esse era um ato de sacrilégio e desprezo às coisas espirituais (Ml 1.7,8).
· Contaminavam-se com as prostitutas (v. 22) que ficavam à porta da tenda.
Por todos esses pecados, Deus resolveu matá-los (v. 25). O ministério não é profissão ou emprego (v. 36). Também não é para aquele que quer ser, e sim para aquele a quem Deus chama (Hb 5.4).
3)  Sua conivência - O principal pecado de Eli foi a conivência, pois ele sabia de tudo o que seus filhos faziam, através do comentário do povo (v. 22), do homem que Deus enviou para adverti-lo (vv. 27-29) e das palavras que o Senhor falou a Samuel (1 Sm 3.11-14). Ele sabia da vida de profanação e pecado que viviam, porém, não se repreendeu no tempo oportuno, com a severidade que o caso requeria (v. 13).
Deus dirigiu-se a Eli, advertindo-o sobre:
1)  Seu privilégio lembrado (1 Sm 2.27,28) - O julgamento começa pela casa de Deus (1 Pe 4.17), e, principalmente, por aqueles que estão à frente da obra (Ap 2.12). Eli nada fez para merecer tal posição. Foi um privilégio concedido por Deus, que ele não soube honrar.
2)  Seu privilégio abusado (v. 29) - Ele era da casa mais privilegiada de Israel. Porém, sua família tirava proveito da posição para obter lucros próprios, abusando da bondade de Deus.
3)  Sua nefasta influência (v. 22,29) - Sua casa foi julgada pelo péssimo comportamento de seus filhos e sua conivência. Lares e igrejas poderão ser afetados pela influência de uma só pessoa (Hb 12.15; 2 Pe 3.17).
4)  Sua disciplina retardada (v. 29) - A disciplina traz grandes benefícios, quando aplicada no tempo e de modo corretos (Ec 8.6); porém, quando é retardada, causa grandes prejuízos.
Deus prometeu levantar outro sacerdote, que fosse fiel (v. 35). A sentença de Deus foi severa: não haveria mais velho em sua casa, ou seja, todos morreriam na idade varonil; os que sobrevivessem, seriam para entristecer a própria alma; e os seus filhos, Hofni e Finéias, morreriam no mesmo dia (vv. 31-36). Tudo isso se cumpriu na íntegra.
Agradeçamos a Deus pelos talentos recebidos, para executarmos a sua obra. Nunca descuidemos de nossa vida espiritual, a fim de não cairmos do formalismo, servindo a Deus mecanicamente, devido à perda do visor espiritual; o que poderá nos levar a ter uma vida de conivência com as coisas que não agradam ao Senhor (Rm 12.1-3).

Trechos extraídos da Lição 10 da revista “Aprendendo com os erros e acertos dos servos de Deus” - 2º Trimestre de 1996

(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)

Nenhum comentário:

Postar um comentário