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DANIEL E A PALAVRA PROFÉTICA

Por Unknown | 0 comentários
2 de agosto de 2015

“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo” (Dn 9.24).

Sessenta e nove semanas já passaram. Resta o cumprimento da última, para que toda esta profecia tenha a sua cabal realização.

Daniel buscou a face do Senhor com oração, rogos, jejum, saco e cinza, e recebeu de Deus a resposta, por meio do anjo Gabriel. O Todo-poderoso mostrou e Daniel em panorama profético que facilita a compreensão dos acontecimentos sobre o fim dos tempos: A profecia das setenta semanas. Nesta profecia, cada dia da semana significa um ano e, assim, cada semana refere-se a um período de sete anos. As setenta semanas compreendem, portanto, 70 x 7 = 490 anos. Vejamos do que cada parte da revelação fala:
1ª parte (Dn 9.25) - Fala em sete semanas, a partir da ordem para reedificar Jerusalém (Ne 2.4-9), o que aconteceu em 445 a.C. Não se sabe ao certo a que evento está ligado o fim da contagem de primeiros 49 anos (7 períodos de 7 anos). O trabalho de edificação dos muros de Jerusalém foi concluído em 52 dias (Ne 6.15).
2ª parte (v. 25) - Fala de 62 semanas (62 x 7 = 434 anos) que, somadas às sete primeiras semanas acima mencionadas, definiriam um tempo a partir do início da restauração de Jerusalém, até o Messias. É impressionante observar que, desde a ordem de edificar aquela cidade até a entrada triunfal de Jesus na Cidade Santa, passaram-se exatamente 69 semanas de anos (7 + 62), ou seja, 483 anos (69 x 7).
3ª parte (v. 26) - Fala que, depois da 62 semanas, será tirado Messias. Jesus foi rejeitado pelos judeus, condenado, e morto na cruz. O povo presente à condenação de Cristo clamou: “O seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos” (Mt 27.25). Por ter desprezado o Messias, o povo de Israel se afastou de Deus, e Deus dele, e, então, a contagem do tempo parou, uma vez que as 70 semanas estavam determinadas para os judeus. Resta, ainda, uma semana, a última. Ninguém sabe a duração deste intervalo, porque ele findará no momento do Arrebatamento da Igreja. Com a vinda de Jesus, o impedimento para manifestação do Anticristo será tirado (2 Ts 2.7,8), e começará a contagem da septuagésima semana, o período da Grande Tribulação.
4ª parte (v. 27) - Fala da 70ª semana, que corresponde à Grande Tribulação. Vejamos um resumo introdutório:
a)       O Anticristo entra em cena. Ele será aclamado de dia mundial, capaz de encaminhar a solução de todos os problemas da humanidade. Bem no início de seu governo, fará um concerto com Israel por sete anos (v. 27a). Logo, estará em ação o falso profeta, assessor imediato do Anticristo, e será decretada a obrigatoriedade de todos adorarem o Anticristo (Ap 13.12), sob pena de morte (v. 15).
b)       Passados três anos e meio, o Anticristo romperá o concerto feito com Israel, ao se assentar no Templo, para ser adorado como Deus (2 Ts 2.4). Também os judeus serão obrigados a adorar o Anticristo. Como se recusarão a fazê-lo, o falso Cristo mostrará sua autoridade e força, e começará o que, na profecia de Jeremias, é chamado de o “tempo de angústia para Jacó” (Jr 30.7).
c) Inesperadamente, sem algum aviso prévio, aparecerá Jesus em grande glória, acompanhado dos exércitos celestiais (Ap 19.11-14). Cumprir-se-ão as palavras da Bíblia: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá” (Ap 1.7). Jesus virá acompanhado de sua Igreja, com todos os salvos vestidos de branco. A noiva, após participar das bodas do Cordeiro (Ap 19.9), aparecerá, agora, como esposa de Cristo (Ap 21.9). Ela estará junto de seu querido Jesus, quando ele aparecer em glória (Mt 16.27; 2 Ts 1.7-10; Tt 2.13).
d) No momento em que Jesus aparecer em glória, Israel estará no auge de seu sofrimento. Jerusalém encontrar-se-á sob o domínio de muitos exércitos, desejosos de sua destruição. Mas a vinda de Cristo em glória reverterá a situação. Acontecerá algo novo! O Espírito de graça e de suplica será derramado sobre os judeus (Zc 12.10). “Até mesmo os que o transpassaram se lamentarão” (Ap 1.7). Esta operação do Espírito Santo fará com que Israel tome consciência de que aquele Jesus está vindo em glória é o Messias, o qual seus pais crucificaram! Então, lamentar-se-ão. Diz Romanos 11.25,26 que o endurecimento veio em parte sobre Israel até que a plenitude dos gentios se completasse. E, assim, todo Israel será salvo. A “plenitude dos gentios” concluiu-se no Arrebatamento da Igreja, e agora cumpre-se a segunda parte desta profecia: “Todo Israel será salvo”.
e) No momento da vinda de Jesus em glória, cumprir-se-á a segunda parte da conhecida profecia acerca do “vale dos ossos secos”, registrada em Ezequiel 37. A primeira parte desta profecia cumpriu-se na restauração nacional de Israel. Os ossos se uniram, e Deus, sobre eles, pôs nervos, carne, pele (vv. 5-8). O mundo viu, com espanto, um povo espalhado pelo planeta tornar-se uma nação temida e respeitada. Mas a Bíblia diz que, no primeiro momento, não havia neles espírito (v. 8), isto é, Israel ainda não havia se reconciliado com o Senhor. A restauração era apenas da vida nacional. A segunda parte desta profecia cumprir-se-á agora, na vinda de Jesus em glória, pois o Espírito de Deus entrará neles, e viverão, e se colocarão em pé, um exército extremamente grande (v. 10).
f) Findam-se, aqui, as setenta semanas de Daniel. Israel conciliar-se-á com Deus. Ter-se-á cumprido o tempo determinado por Deus para a extinção de transgressão, o fim do pecado, a expiação da iniquidade, para que venha a justiça eterna.
Com o fim das 70 semanas, a visão e a profecia estarão seladas (Dn 9.24). Jesus, então, instalará o Milênio. Israel, agora salvo, estará ao lado de seu Messias, como a nação líder, tanto política como espiritualmente.

Trechos extraídos da Lição 9 da revista “Daniel, estadista e profeta” - 3º Trimestre de 1995

(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)

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