
“Pensem no que vocês eram quando foram chamados” (I
Coríntios 1:26). Lembre-se de quem segurou você no começo. Lembre-se de quem
segura você hoje.
Moisés lembrou. Ele serviu como príncipe do Egito e
libertador dos escravos, embora fosse “um homem humilde, o mais humilde do
mundo” (Números 12:3, NTLH). O apóstolo Paulo sabia se portar de forma humilde.
Ele foi salvo por intermédio de uma visita pessoal de Jesus, que lhe concedeu
uma visão do paraíso e a capacidade de ressuscitar os mortos. Mas quando se
apresentava, dizia simplesmente: “Eu, Paulo, servo de Deus” (Tito 1:1). João
Batista era parente de sangue de Jesus e um dos evangelistas mais famosos da
história. Mas é lembrado nas Escrituras como aquele que determinou: “É
necessário que Ele cresça e que eu diminua” (João 3:30).
E John Newton? Esse ex-comerciante de escravos
serviu como ministro de 1764 até sua morte, em 1807. Foi confidente de líderes
conhecidos tais como Hannah More e Willian Wilberforce. Suas centenas de hinos
enchem as igrejas de música. Ainda no leito de morte o escritor do hino Amazing
Grace [Maravilhosa Graça] disse estas palavras a um jovem ministro: “Eu estou
indo na frente, mas logo você vai vir atrás de mim. Quando você chegar, a nossa
amizade, sem dúvida, fará com que você pergunte por mim. Mas já posso dizer-lhe
aonde provavelmente vai me encontrar. Vou estar sentado aos pés do ladrão a
quem Jesus salvou em seus últimos momentos na cruz”.
John Newton jamais se esqueceu de quem o ergueu.
O maior exemplo dessa humildade não é nenhum outro
senão Jesus Cristo. Quem tinha mais motivo para se vangloriar do que ele? No
entanto, nunca o fez. Ele caminhou sobre as águas, mas nunca desfilou pela
praia. Transformou um cesto em banquete, mas nunca pediu aplausos. Um
libertador e um profeta vieram visitá-lo, mas ele nunca mencionou nomes em seu
sermão. Bem que poderia. “Um dia desses estava conversando com Moisés e
Elias...”. Mas Jesus nunca bateu no peito. Ele se recusava até a ficar com o crédito.
“Por mim mesmo, nada posso fazer” (João 5:30). Ele era totalmente dependente do
Pai e do Espírito Santo. “Consegui sozinho”? Jesus nunca disse essas palavras.
Se ele não disse, como nos atrevemos a falar?
Podemos sentir muito orgulho, mas jamais nos
humilhamos o suficiente. Que talento você está dando que Ele não lhe deu
primeiro? Que verdade você está ensinando que Ele não ensinou primeiro? Você
ama. Mas quem amou primeiro? Você serve. Mas quem serviu mais? O que você está
fazendo por Deus que Ele não poderia fazer sozinho?
Quanta bondade da parte dEle em nos usar. Quanta
sabedoria a nossa em nos lembrarmos disso.
Estêvão se lembrou. E, por ter se lembrado de
Jesus, Jesus se lembrou dele. Enquanto seus acusadores pegavam as pedras,
Estêvão olhou para Cristo. “Estêvão, cheio do Espírito Santo, levantou os olhos
para o céu e viu a glória de Deus, e Jesus em pé, à direita de Deus” (Atos
7:55).
Estêvão se levantou em nome de Cristo e, no fim,
Cristo devolveu o favor.
“Porque,
quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o
recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido?”
(1 Coríntios
4:7)
Trecho
do livro “Faça a Vida Valer a Pena”, de Max Lucado
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