“E naquele tempo se
levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu
povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação
até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for
achado escrito no livro” (Daniel 12:1).
A Grande Tribulação é um fato real, do qual ninguém pode escapar se não
estiver dentro da Arca, a Igreja, que será arrebatada por Cristo.
A Grande Tribulação será um período de
surgimento em grandes proporções. Os diferentes nomes que a Bíblia usa para
descrever este período mostram que serão tempos muitos difíceis. A Grande
Tribulação é chamada de:
· “Tempo de angústia para Jacó” (Jr 30.7) - O profeta
Sofonias diz: “Aquele dia será um dia de indignação, dia de tribulação e de
angústia, dia de alvoroço e de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de
nuvens e de densas trevas” (Sofonias 1:15).
· “Ira futura” (1 Ts 1.10) - A ira
de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens se manifestará desde os
céus (Rm 1.8). Quando a medida dos
pecados deste mundo estiver cheia, ele viverá o “grande dia da ira do Cordeiro”
(Ap 6.16,17). O Senhor mesmo pisará o lagar do vinho do furor da ira do Deus
Todo-poderoso.
· “Dia da vingança” (Is 63.1-4) - Neste
dia, o mundo será entregue ao “senhor” que ele escolheu, uma vez que os povos
rejeitaram a Cristo e à sua Palavra. Na Grande Tribulação, a força de Satanás
triunfará sobre o mundo e resultará na maior catástrofe de todos os tempos.
O período da Grande Tribulação iniciar-se-á logo depois do Arrebatamento da Igreja. A Bíblia diz que “o mistério da
injustiça opera, somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado”
(2 Ts 2.7). O que se opõe ao aparecimento do Anticristo é a Igreja do Senhor, morada
de Deus em Espírito (Ef 2.22; 1 Jo 3.24, 4.13,16). Quando este “impedimento”
for tirado, então será revelado o iníquo. Portanto, a Igreja do Senhor não
estará no mundo durante a Grande Tribulação. Em vez disso, ela estará nas Bodas
do Cordeiro, e acompanhará Jesus quando ele vier em glória para dar um fim à Grande
Tribulação (Ap 19.11-14).
A Grande Tribulação será uma ditadura universal e cruel do Anticristo. Este será um homem comum, nascido de mulher. Mas será revestido de poder
satânico e terá uma capacitação demoníaca extraordinária (Ap 13.2,4), de modo
que exercerá poderosa influência sobre toda a humanidade. Ele é chamado na
Bíblia de “Besta” (Ap 13.1), “Homem do pecado” e “filho da perdição” (2 Ts 2.3),
assolador (Dn 9.27). O Anticristo terá um auxiliar: o Falso Profeta; e este também
será revestido do mesmo poder demoníaco (Ap 13.12). Ele levará as pessoas a adorarem
o Anticristo e, posteriormente, esta adoração se tornará obrigatória. O sinal
da Besta, na mão ou na testa, será a evidência da aceitação desta adoração, e,
sem este sinal, não será possível comprar nem vender qualquer coisa (Ap
13.16,17, 14.9). Israel fará um concerto
com o Anticristo por sete anos (Dn 9.27). Mas, depois de 3 anos e meio, o Anticristo
romperá o concerto. Ele profanará o Templo, ao assentar-se nele para ser
adorado como Deus (2 Ts 2.4). Israel não aceitará a imposição de adorar a outro,
senão Jeová. Ele, então, perseguirá duramente os judeus.
Os castigos de Deus, derramados durante a Grande Tribulação, serão:
1) A abertura dos sete selos (Ap 6.1-17, 8.1-5) -
Aberto o primeiro selo, apareceu um cavalo branco, e aquele que se assentava
sobre ele tinha um arco e uma coroa, e saiu vitorioso para vencer. Aqui se
trata do Anticristo com a sua falsa paz. Surgiram, sucessivamente, ao abrirem
os selos seguintes: um cavalo vermelho, acompanhado de grande matança; um
cavalo preto, acompanhado de fome e privação; um cavalo amarelo, acompanhado da
morte e com poder para matar a quarta parte dos habitantes da Terra. Ao ser
aberto o quinto selo, João viu as almas dos que foram mortos por se recusarem a
adorar o Anticristo. A abertura do sexto selo trouxe um grande terremoto e
muitos sinais no céu, de modo que reis, servos e poderosos se esconderam e
pediram aos montes para que os ocultassem da ira do Cordeiro.
2) O soar das sete trombetas (Ap 8.6-13,
9.1-21, 11.15-19) - Quando o primeiro anjo tocou a sua trombeta, veio saraiva e
fogo misturado com sangue que, lançados sobre a Terra, queimaram a terça parte
das árvores da erva verde. Ao ser tocada a segunda trombeta, foi lançado ao mar
algo semelhante a um grande monte ardendo em fogo, e morreu a terça parte das
criaturas que tinham vida nos oceanos, e perdeu-se a terça parte das naus. Tocada
a terceira trombeta, caiu do céu uma grande estrela, ardendo como uma tocha, e
muitos homens morreram, porque as águas se tornaram amargas. Ao soar a quarta
trombeta, houve alterações no Sol, na Lua e nas estrelas. Ao serem tocadas a
quinta e a sexta trombetas, abriu-se o poço do abismo, e uma manifestação de
demônios, sobre a forma de gafanhotos, passou a atormentar os homens. Ao tocar da
sétima trombeta, João viu uma poderosa manifestação celestial de adoração e
louvor ao Senhor Deus Todo-poderoso (Ap 11.15-19).
3) O derramamento das sete taças da ira de Deus (Ap 16.1-21) - Ao ser derramada a primeira taça, aqueles que adoravam a
Besta foram acometidos de uma chaga maligna. A segunda taça foi derramada no
mar, e matou toda alma vivente que havia nos oceanos. A terceira taça foi
derramada nos rios e nas fontes de água, e se tornaram em sangue. A quarta taça
foi derramada sobre o Sol, que passou abrasar os homens. A quinta taça foi
derramada sobre o trono da Besta, e causou dores tremendas. A sexta taça foi
derramada sobre o rio Eufrates, que secou, e apareceram três espíritos imundos
semelhantes ar rãs, capazes de fazer prodígios, a fim de congregar os reis de
todo mundo para a batalha final, em Armagedom (v. 16). A sétima taça foi
lançada no ar, e seguiu-se o mais intenso terremoto que jamais houve na face da
Terra.
Israel será o alvo principal da hostilidade do Anticristo, por ter-lhe
feito oposição. Por isso, muitos se ajuntarão contra os judeus em Armagedom.
Mas de Deus virá o grande livramento!
Trechos extraídos da Lição 11 da revista “Daniel, estadista e profeta” -
3º Trimestre de 1995
(Jovens e Adultos, Lições Bíblicas - CPAD)
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